A poluição sonora é causada por barulho excessivo proveniente do tráfego, buzinas, ambulâncias, carros de som, fábricas, obras, festas ao ar livre, comércio, áreas de recreação, sirenes, ônibus, motos em alta velocidade, avião, helicóptero. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o limite para saúde auditiva é de 50dB (decibéis), mas nos grandes centros urbanos os níveis de barulho podem chegar aos 100 decibéis.

Continua depois da publicidade

Além do barulho da rua, a fonoaudióloga Mônica de Sá Ferreira alerta para os perigos dentro de casa: TV, liquidificador, máquina de lavar roupas, aspirador de pó, etc… Embora o ruído não se acumule no ambiente, como ocorre com a poluição do ar e das águas, ele causa uma série de prejuízos transitórios e, até mesmo, permanentes à audição. O mais grave que é a perda auditiva induzida por ruído.

No início, a pessoa sente sensação de ouvido tampado, zumbido, estresse, dor de cabeça, mas com a exposição prolongada a sons elevados, começa a sentir outros sintomas que prejudicam ainda mais sua qualidade de vida, como pressão alta, agressividade, cansaço, dificuldade de concentração, queda do rendimento escolar e do trabalho, insônia, depressão e, o pior, uma lesão irreversível nas células do ouvido interno – acarretando uma perda auditiva que só pode ser amenizada com o uso de aparelhos auditivos.

Dentro dos ônibus ou caminhões, o ruído pode chegar a 90 dB – limite permitido para, no máximo, 6 horas diárias de exposição. Outros exemplos são aeroportos, boates, shows de rock, shows com fogos de artifício, UTI´s com incubadoras neonatais onde os limites podem chegar a 140 dB (limite de dor) e salas de aula onde o nível de ruído pode chegar aos 75 dB, com a janela aberta.

Continua depois da publicidade

Nesse último caso, os principais sintomas estão relacionados a fatigabilidade, desatenção, baixa no rendimento escolar, agressividade, dor de cabeça, estresse e insônia.

Isso sem contar com os tocadores de música MP3, MP4, Ipod, celulares com fones etc., que, dependendo do ambiente em que estão sendo utilizados, podem chegar aos mesmos 130 dB da turbina de um avião. Muitos jovens teimam em utilizar tais instrumentos dentro de ônibus e nas ruas. Mônica afirma que cálculo é simples: se no ônibus existe um ruído de aproximadamente 80 dB, quanto eu devo colocar a mais de volume para ouvir uma música de forma que o som externo seja eliminado?

Mas, apesar de todos esses estímulos externos, existem algumas ações simples que podemos tomar para evitarmos a exposição prolongada aos altos níveis de ruído, sem abrir mão da diversão e do trabalho. Confira as dicas da fonoaudióloga Mônica de Sá Ferreira, da Aura Aparelhos Auditivos.

Continua depois da publicidade

– Evitar locais muito barulhentos ou com aglomeração de pessoas

– Escutar a música e televisão no volume mais baixo possível

– Usar protetor auricular em locais com muito ruído – especialmente os protetores feitos sob medida

– Usar atenuadores de ruído – no caso de músicos que ficam expostos à música alta

– Ficar longe das caixas acústicas de um show de rock ou igreja

– Fechar as janelas quando o barulho da rua ou do tráfego estiver alto