Aprender história, conhecer seus personagens e simbolismos por meio de uma atividade prática, torna-se uma experiência ainda mais enriquecedora e estimulante. O projeto “Percursos da Memória: o Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville (MNIC) em tessituras com a malha urbana que o cerca”, da Prefeitura de Joinville, oferece a estudantes, turistas e ao público em geral a oportunidade de descobrir importantes elementos do Patrimônio Cultural presentes no centro histórico da cidade.
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Com cerca de 1,2 quilômetro de extensão, o percurso é feito a pé, com saída do Museu e leva cerca de duas horas e meia para ser concluído. O roteiro é acompanhado por dois monitores do museu e inclui locais como a rua das Palmeiras, rua do Príncipe, praça Nereu Ramos, praça da Bandeira e termina no Cemitério do Imigrante.
Em cada local, o grupo faz paradas e recebe explicações sobre a história de diversos imóveis tombados, com detalhes da sua arquitetura, os símbolos entalhados em suas fachadas e elementos que caracterizam as diferentes etnias de imigrantes que ajudaram a construir a identidade cultural de Joinville.
Entre os pontos apresentados estão o atual prédio do Ipreville (Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Joinville), construído na década de 1930 como sede da Empresa de Correios e Telégrafos de Joinville; a figueira da praça Nereu Ramos, tombada como Patrimônio Natural do Município e o edifício Manchester, um dos primeiros prédios altos da cidade; a Sociedade Harmonia Lyra, construída também na década de 1930; o Monumento ao Imigrante, obra produzida pelo artista plástico Frtiz Alt em comemoração ao centenário de Joinville, em 1951; e o Cemitério do Imigrante, onde estão sepultados não apenas os primeiros imigrantes alemães da cidade como também escravos que pertenciam às famílias colonizadoras.

Descobertas
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Por iniciativa da professora de história Ângela Maria Vieira, quinze alunos do primeiro ano do Ensino Médio da Escola de Educação Básica Doutor Jorge Lacerda, no bairro Guanabara, participaram do “Percursos da Memória”.
Para o grupo, a caminhada foi de interação e descobertas. “Tem muita coisa no Centro da cidade que eu sempre olhava, mas nunca havia entendido, achava que eram só enfeites. Com as explicações achei tudo muito interessante e vou pesquisar mais. É uma aula de campo onde a gente se diverte e aprende muito mais”, afirmou a estudante Helena Avelino, de 15 anos.
Há quatro anos em Joinville, a jovem haitiana Manuucheka Pierrre também conheceu um pouco mais sobre a história local e, como imigrante, entender mais sobre a pluralidade cultural da cidade.
“Fui muito bem recebida, mas tudo é diferente e ainda estou me adaptando. Na escola é difícil aprender uma história nova. Para mim, essa experiência é uma oportunidade”, comemorou Manuucheka.
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De acordo com a professora Ângela, a ideia de levar a turma para participar do “Percursos da Memória” teve como objetivo inserir seus alunos haitianos na cultura joinvilense e ampliar as possibilidades de aprendizado.
– A imigração é um é um processo de grande amplitude, um tema atual e polêmico. Então é importante fazermos esse aprofundamento e mostrar que, de alguma forma, todos somos imigrantes. A equipe do Museu Nacional da Imigração e Colonização faz um excelente trabalho e temos que aproveitar esse conhecimento para ampliar a nossa missão de formação e educação – concluiu a professora.

Agendamentos
Além das turmas de estudantes, também podem participar do projeto grupos de associações, clubes, entidades, escoteiros, turistas e o público em geral.
Os agendamentos devem ser feitos com antecedência pelo telefone (47) 3453-3499 ou pelo e-mail educativo.mnic@joinville.sc.gov.br. A atividade é realizada nos períodos matutino e vespertino, de segundas a sextas-feiras.
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