Com apenas seis meses de vida, Theo Costa Ribeiro, hoje com sete anos, já sabia falar. Sua irmã, Lis Costa Ribeiro, aos três, é capaz de ler e escrever. A dupla de “pequenos gênios” brasileiros, atualmente faz parte da “Infinity International Society” (IIS), sociedade internacional para pessoas com alto índice de QI.
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Em entrevista à CNN Brasil, os pais Ygor e Jéssica Ribeiro, relatam que a descoberta da genialidade do primeiro filho, Theo, aconteceu na escola, logo após o retorno presencial às aulas pós-pandemia.
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— Eles nos chamaram para uma reunião e perguntaram se já tínhamos feito alguma avaliação com ele. Foi assim que tudo começou em relação ao Theo e nossa percepção em relação à inteligência diferenciada dele. Com a Lis foi mais fácil, pois já sabíamos quais eram os comportamentos esperados para ‘crianças normais’ e o que seria atípico —, conta.
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No final de setembro desse ano, Lis atingiu a marca de 143 pontos no teste de QI da IIS, e também já é a brasileira mais jovem a ser aceita na “Intertel”, uma outra sociedade para pessoas consideradas “gênios”. O irmão Theo, alcançou 146 pontos no mesmo teste aos 5 anos.
Como os irmãos foram aceitos nas sociedades de alto QI
Para ser aceito na Infinity International Society, fundada em 2007 nos EUA, é necessário alcançar pelo menos 140 pontos no teste de QI, além de cumprir com outros requisitos da instituição.
Segundo a família, ambos os irmãos realizaram uma série de testes com neuropsicólogos especializados, em que é feita a avaliação de aspectos como memória, linuagem oral e escrita, atenção, habilidades espaciais, percepção social, entre outros.
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O neurocientista brasileiro e diretor internacional da IIS, Fabiano de Abreu Agrela, explica como é feita a avaliação.
— Nós avaliamos não apenas o teste feito, mas também como ele foi aplicado e relatado. Também analisamos o profissional que aplicou o teste. Há sempre uma desconfiança em profissionais que têm muitos resultados de pessoas com QI alto. Também valorizamos testes feitos em mais de um dia. Não aceitamos testes curtos. Os pais precisam também assinar um contrato de autorização e responsabilidade —, explica.
Veja fotos dos “pequenos gênios”
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O que é um gênio para a ciência?
Einstein, Da Vinci são gênios, apesar de não sabermos o QI deles. Elon Musk e Bill Gates também são classificados como gênios. Inclusive, este é o conceito da IIS Society: você tem que ter pontuação acima de 140 pontos de QI, ou 99.9% de percentil, e tem que ser criativo, para ser considerado gênio.
Atualmente existem dois conceitos de genialidade:
Pessoas com 99.9 de percentil – medida que indica a posição de um indivíduo em relação a uma amostra de pessoas que realizaram o mesmo teste; e Cidadãos dotados de genialidade em seus resultados criativos.
Inclusive, o neurocientista aponta a diferença entre pessoas superdotadas e os gênios. Os superdotados, são os indivíduos com pontuação acima de 130 no teste de QI, e que não necessariamente se diferenciam por conta da sua condição. Já os gênios, com 99.9 de percentil, se caracterizam por se reunirem em grupos, e terem alta criatividade na solução de problemas.
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A vida normal dos “pequenos gênios”
O pai das crianças conta como é o dia a dia de Theo e Lis em uma escola “normal”, e afirma que o desenvolvimento dos filhos é acelerado em relação ao currículo oferecido. Mesmo com o diagnóstico de genialidade dos filhos, Ygor conta que Lis e Theo são crianças que brincam muito, ainda que muitas vezes tenham interesses diferentes das crianças da mesma idade, contornando a situação com uma habilidade incrível de adaptação, socializando com pessoas de todas as idades de maneira espontânea.
O filho mais novo do casal, Yuri Costa Ribeiro, com apenas um pouco mais de um ano de idade, também já apresenta sinais de genialidade. Por isso, Fabiano conta que a sociedade de alto QI realizará testes genéticos com toda a família, incluindo os pais, com a intenção de compreender melhor este caso que o nerocientista diz ser extremamente curioso.
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