Dados do SEBRAE apontam que já são mais de 12 milhões as micro e pequenas empresas no Brasil, incluídos os Microempreendedores Individuais (MEIs). Responsáveis por 28% do PIB brasileiro, segundo estimativas da entidade, as micro e pequenas empresas brasileiras geram mais de 52% dos empregos e respondem por mais de 41% da massa salarial do País. Só esses números já seriam relevantes para que o mercado de crédito oferecesse mais oportunidades e incentivo aos pequenos negócios.
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Mesmo quando a equação inclui negócios inovadores – e o desafio aumenta, o benefício pode ser exponencial. Para o Sebrae, o movimento das organizações mais tradicionais que passaram a apoiar pequenos e médios negócios é motivo de comemoração.
– Disponibilizar apoio financeiro é servir como alavanca para essas empresas. O movimento de grandes instituições financeiras de ofertarem linhas de financiamento adequadas a essa realidade é extremamente importante e positivo – comenta a gerente da unidade de empreendedorismo e inovação do Sebrae Santa Catarina, Mariana Grapeggia.
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Para atender esse mercado, o BRDE criou o programa BRDE Inova, que financia empresas inovadoras.
– Um diferencial do BRDE Inova, que permitiu a concessão de crédito aos negócios inovadores de menor porte, foi a flexibilização de garantias para financiamentos de até R$ 1 milhão. Em Santa Catarina, 66% dos contratos de financiamento firmados no BRDE Inova eram abaixo de R$ 1 milhão, demonstrando a democratização do crédito para a pequena empresa inovadora – explica o superintendente da agência do BRDE em SC, Nelson Ronnie dos Santos.
Um exemplo de como o financiamento à inovação para os negócios de pequeno e médio porte podem levar a empresa a outro patamar é o da Fornari, que desenvolve produtos para o agronegócio e saneamento, visando a segurança alimentar. A catarinense de Concórdia ganhou o Prêmio Nacional de Inovação – mais importante iniciativa no Brasil para identificar e apoiar ações inovadoras nas empresas do segmento da indústria, entre grandes, médias e micro e pequenas empresas.
– Com o apoio do BRDE, que entendeu o projeto de inovação desde o início e, principalmente, a nossa necessidade de investimento, conseguimos escalonar nosso produto tanto para o mercado interno quanto para o exterior – afirma Luciane Piovezan, diretora da Fornari.
O financiamento da inovação se mostra um diferencial na hora de escalonar o negócio, permitindo que os empreendedores se concentrem mais em transformá-la em resultado financeiro.
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– Uma coisa é a empresa inovar, outra é colocar essa inovação no mercado e trazer retorno. No mundo globalizado, precisamos ser rápidos e para isso os parceiros de investimentos também precisam ser ágeis. Nesse ponto, posso afirmar que o BRDE foi perfeito, pois conseguimos iniciar nosso projeto no tempo certo em virtude dessa grande parceria com o BRDE.
O caso da Chipus também é emblemático. A startup de Florianópolis, que atua na área de semicondutores, venceu o Prêmio Stemmer de Inovação Catarinense promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), no último ano.
O financiamento concedido pelo BRDE aos projetos da empresa, aliado aos investimentos adicionais da companhia, permitiu que a Chipus pudesse investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação.
– Os projetos viabilizados pelo financiamento – que por si já foi uma experiência diferenciada e muito positiva – impactaram diretamente na nossa trajetória. Com eles, praticamente dobramos o faturamento nos últimos 12 meses, e tivemos um crescimento exponencial na equipe de desenvolvimento, gerando empregos para mais de 30 pessoas especializadas em microeletrônica – comenta Vanusa Uller, diretora financeira da Chipus.
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A premiação também tem um ponto fundamental, a de fortalecimento da marca. Com maior visibilidade, os mercados se expandem e transformam o impacto das pequenas e médias empresas em um resultado ainda maior.
– Além de projetar a Chipus regionalmente, o prêmio também fortaleceu o prestígio da empresa perante atuais e potenciais clientes, estimulando a equipe a desenvolver tecnologia competitiva e de ponta – comenta Vanusa.
O diferente mercado de inovação
Para Mariana, do Sebrae SC, cada vez mais os pequenos e médios negócios precisam da inovação tecnológica para se diferenciarem em um mercado extremamente competitivo e onde, em consequência da globalização, empresas estrangeiras acessam facilmente o mercado local. A inovação também deve permitir a inversão deste fluxo comercial, permitindo o acesso competitivo das empresas em mercados tecnologicamente exigentes como o europeu e o norte americano.
– A Chipus compete num terreno dominado por gigantes como INTEL e AMD, o que já é um sinônimo de competência e orgulho para esta empresa de Florianópolis – complementa o superintendente do BRDE.
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Segundo Luciane, da Fornari, quando o assunto é tecnologia na indústria 4.0, é importante que a empresa esteja preparada para aumentar a escala de produção e oferecer uma entrega mais ágil, sem abrir mão da robustez e da qualidade de seus produtos.
O projeto financiado pelo BRDE para a Fornari – a máquina de desinfecção de ovos para uso comercial – tem um mercado relevante no Brasil, um dos maiores produtores de aves do planeta.
– A tecnologia está cada vez mais presente neste setor e a empresa fornece soluções que melhoram a produtividade e a qualidade dos produtos. O Brasil já é um player internacional importante no agronegócio e, como fornecedora de equipamentos, a Fornari vai pelo mesmo caminho – comenta Ronnie.
Os projetos premiados
Considerada recentemente uma das empresas catarinenses mais inovadoras no Estado, a Chipus teve o projeto de desenvolvimento de circuitos integrados (chips) financiado pelo BRDE. O primeiro lugar na categoria "Empresa inovadora de micro ou pequeno porte" veio a partir da apresentação de um sensor magnético integrado, considerado o primeiro circuito a incorporar monoliticamente em um único chip um sensor de tunelamento magnético, circuitos de processamento e condicionamento de sinais. Com a eliminação dos amplificadores de sinal, o chip requer menos potência para operar e também contribui para o uso mais eficiente de energia.
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Na Fornari, o financiamento permitiu o desenvolvimento da máquina de desinfecção de ovos com inovações incrementais que viabilizaram a inserção da empresa no mercado externo. Foram feitos investimentos em sistema embarcado de hardware e software para monitoramento, bem como a confecção de moldes para a produção de uma nova conformação – facilitando a montagem e o transporte, além de adequar o equipamento para atendimento de normas internacionais, explica Luciane.
– Sem ter que se despender tanta energia da equipe para recursos financeiros, a Fornari pode melhorar a capacidade de entrega nacional e internacionalmente. O projeto que originou a máquina também foi o ponto-chave para o Prêmio Nacional de Inovação, já que pode destinar parte dos esforços para pesquisa e desenvolvimento. Em consequência, a publicidade vinda da premiação permitiu a abertura de novos mercados dentro do setor – explica Luciane.
Conteúdo patrocinado pelo BRDE e produzido pelo Estúdio de Projetos Especiais & Brands