As grandes empresas catarinenses representam a maior fatia do comércio exterior no Estado, mas as pequenas e médias avançam. No ano passado, o valor negociado por elas com clientes no exterior cresceu 150%, enquanto as grandes declinaram. O resultado reflete um trabalho de redução das barreiras à exportação.

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– Esse resultado mostra claramente uma efetividade dos programas com cursos, workshops e feiras internacionais para abrir mercados. A empresa que atua no comércio internacional tem mais capacidade de atender às demandas do mercado interno. Ela se torna preparada para enfrentar qualquer concorrência – diz Maria Teresa Bustamante, presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc.

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A Natupalm, de Porto Belo, é uma das empresas catarinenses que deu início ao processo de internacionalização no ano passado. Fundada em 2004, a marca produz conservas e produtos derivados, como o patê de palmito. Sem glúten ou lactose, a fórmula chamou atenção no mercado internacional pelo apelo da saúde.

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Projeção das exportações em 2016, comparativamente aos valores exportados em 2015

– Aparecemos em um programa de televisão em 2013 e alguns clientes nos Estados Unidos entraram em contato interessados em importar. Então, fomos selecionados para o programa do Sebrae e em fevereiro do ano passado montamos um plano para começar a exportar – conta Edson Fantini, fundador da empresa.

Os primeiros embarques ocorreram em maio de 2015. Desde então, foram seis vendas para os Estados Unidos. Hoje, o mercado internacional representa de 5% a 10% do faturamento, mas o objetivo é chegar a 25%.

– Até o final do ano, queremos enviar um contêiner fechado para os EUA – diz Paola Fantini, gerente administrativa da Natupalm.

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Ao lado do pai, Edson, e da irmã, Glória, que é responsável pelo desenvolvimento dos produtos, a família planeja os próximos passos da empresa. Até o fim do ano, a Natupalm vai lançar um hambúrguer de palmito e outras conservas de berinjela.

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Douglas Luiz Três, analista técnico do Sebrae/SC e gestor do programa Exporta SC, afirma que houve um aumento na demanda por informações de pequenas e médias empresas interessadas em exportar. Ele acredita que esse crescimento é reflexo de um cenário de retração no mercado interno e câmbio favorável, mas alerta: é importante pensar na internacionalização como um plano de médio a longo prazo, não apenas circunstancial:

– A empresa pode fazer uma ação mais simples, com venda pelo Correio, por exemplo, ou montar uma estrutura específica. O primeiro passo é buscar informação.

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Evolução das exportações, importações e saldo comercial catarinense, entre os anos de 2005 a 2015

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Feira do Empreendedor

Informação para a empresa que quer exportar faz parte da programação da Feira do Empreendedor, sexta-feira a domigo no CentroSul, em Florianópolis, das 13h às 21h.

Ingresso: R$5.

Detalhes: www.feiradoempreendedor.com.br

Importante: as inscrições antecipadas encerraram nesta quinta-feira, mas podem ser feitas na hora, basta ir ao local do evento.