A ponte pênsil que ligava Passo de Torres, no Sul de Santa Catarina, à Torres, no Norte do Rio Grande do Sul, caiu por corrosão que poderia ter sido evitada com manutenção adequada, diz laudo técnico encomendado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) que o g1 e a RBS TV tiveram acesso.

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Conforme o NSC Total noticiou na época, Brian Grandi, de 20 anos, estava sobre a estrutura quando ela se rompeu. O corpo dele desapareceu e foi encontrado após quatro dias na Praia Azul, de Passo de Torres.

O documento foi elaborado por três engenheiros peritos e com a colaboração do Laboratório de Processos Eletroquímicos e Corrosão (Eletrocorr) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O texto afirma que há “indícios de que não houve manutenção nem inspeção visual adequadas” e que “uma inspeção mais detalhada teria revelado o estado de oxidação antes do dano catastrófico”.

Por conta disso, a Polícia Civil de Santa Catarina investiga a morte de Brian como homicídio culposo — quando não há intenção de matar. Ainda não há prazo para conclusão do inquérito.

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A investigação não esclareceu, até o momento, de quem era a responsabilidade da manutenção da ponte. Torres afirma que era obrigação de Passo de Torres, enquanto Passo de Torres afirma que era uma responsabilidade de ambos os municípios. Em 23 de fevereiro, as prefeituras falaram que o monitoramento da estrutura estava em dia, no entanto, não apresentaram provas.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul analisa a responsabilização de agentes públicos.

O g1 RS procurou as administrações municipais para elas falarem sobre os laudos, mas não obteve respostas.

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