A crise financeira afetará o Pentágono e aumentará a insegurança e instabilidade no mundo, afirmou nesta terça-feira o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos, almirante Mike Mullen.

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– A crise financeira global terá um efeito sobre nós, nas Forças Armadas – disse Mullen em discurso diante de 500 soldados da Força Aérea na base Langley, na Virgínia.

– Na medida em que esta crise financeira tenha um efeito sobre nós, e terá, preocupa-me o aumento do nível de insegurança e instabilidade no mundo todo – ressaltou.

Desde 2000, o orçamento do Pentágono cresceu a cada ano e chegou a US$ 715 bilhões no período fiscal em curso, mas Mullen indicou que espera que o Departamento de Defesa tenha que “apertar o cinto”. O orçamento não inclui US$ 100 bilhões anuais que, em média, o Governo do presidente George W. Bush obteve do Congresso para os conflitos no Afeganistão e no Iraque.

– Haverá, necessariamente, um debate muito saudável sobre quais serão os requisitos para nossa segurança nacional nestes tempos muito difíceis – ressaltou Mullen.

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O almirante afirmou que o Pentágono deverá cortar custos, mas acrescentou que é muito difícil apontar quando o impacto financeiro será sentido plenamente.

– É, certamente, muito cedo para determinar esse impacto, mas é claro que haverá um impacto – insistiu.

Mullen disse que, quando chegar o momento dos ajustes, as Forças Armadas não podem se dar o luxo de descuidar de seus membros. Além disso, lembrou que, nos últimos dez anos, houve melhorias substanciais nos benefícios, nas compensações para veteranos e nos programas de assistência médica e cuidado da família aos militares.

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