O último encontro foi em época difícil. Era agosto de 2001 e os então tetracampeões estavam mais perto da repescagem do que da vaga ao Mundial, viraram gozação por perder para Honduras na Copa América e eram vaiados nos jogos realizados no Brasil. Quase quatro anos depois, com o Penta na mão e as contas bancárias mais polpudas, os astros da Seleção voltam a Porto Alegre no dia 5 de junho para jogar contra o mesmo adversário da última visita, o Paraguai. Desta vez, no Estádio Beira-Rio.

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Apesar de o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelletto Neto, saber da possibilidade de receber no Estado um jogo da Seleção desde novembro do ano passado, o anúncio oficial só ocorreu nessa sexta, dia 8. Também participaram da negociação Emídio Perondi, ex-presidente da FGF e atual dirigente da CBF, e o governador Germano Rigotto.

– Houve boatos de que o jogo seria em Belém ou Recife, mas o Ricardo Teixeira disse para mim e para o Perondi que nunca tinha deixado de cumprir uma promessa para nós. Se tudo fosse bem até o jogo contra o Peru, seria aqui – disse Novelletto, pouco depois de uma reunião com o presidente do Inter, Fernando Carvalho.

Novelletto e Carvalho analisaram a tribuna de honra, os camarotes e o vestiário dos visitantes para ter uma idéia das modificações que precisam ser feitas. Na próxima semana, o clube e a entidade realizam a primeira reunião oficial para tratar da partida. A missão ficará a cargo do vice de Patrimônio do Inter, Pedro Affatato.

– É um pleito antigo do clube receber a Seleção. E para o Inter é ótimo. Todo o mundo vai focalizar o Beira-Rio remodelado – vibrou Fernando Carvalho.

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A realização de um jogo do Brasil em Porto Alegre é uma promessa antiga da CBF, como agradecimento pela recepção dos gaúchos na vitória sobre o Paraguai em 2001. A partida foi realizada no Estádio Olímpico e contou com o lobby de Luiz Felipe Scolari, treinador da Seleção, que apostava no apoio dos torcedores do Estado.

– Foi uma espécie de gratidão. Da outra vez, quando a situação estava difícil, o povo gaúcho acolheu a Seleção e apoiou muito a equipe – concluiu Novelletto.

As informações são do jornal Zero Hora.