O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, se comprometeu nesta quarta-feira fortalecer o criticado mecanismo de proteção dos ativistas dos direitos Humanos e jornalistas no país, duas semanas após o assassinato do fotojornalista Rubén Espinosa na capital do país.

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“Dei instruções à secretaria de Governança (ministério do Interior) para seguir fortalecendo o mecanismo de proteção para pessoas defensoras dos direitos Humanos e jornalistas”, informou o presidente ao abrir uma conferência nacional de promotores na Cidade do México.

Peña Nieto não detalhou quais são as ações a serem implementadas.

O México é um dos países mais perigosos do mundo para o exercício do jornalismo, com 89 jornalistas assassinados e 17 desaparecidos desde 2000, segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Veracruz (leste), estado do qual Espinosa fugiu após ser ameaçado, é o mais inseguro de todo o país com 10 repórteres assassinados desde 2010.

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Atualmente, o chamado mecanismo da proteção a 419 pessoas (247 defensores dos direitos Humanos e 172 jornalistas) tem sido duramente criticado por sua ineficácia.

Espinosa foi morto em um apartamento da Cidade do México junto com quatro mulheres, entre elas a ativista colombiana Nadia Vera.

A justiça do México iniciou um processo contra o ex-detento Daniel Pacheco Gutiérrez, acusado de homicídio e assalto no caso.

Na segunda-feira, centenas de escritores, jornalistas e artistas do mundo, entre eles Paul Auster e Salman Rushdie, enviaram uma carta ao presidente mexicano para exigir o fim da “censura na bala” contra a imprensa e o esclarecimento do assassinato do fotógrafo Rubén Espinosa.

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* AFP