A um dia da votação do impeachment, o vice-presidente Michel Temer usou o Twitter, na manhã deste sábado, para desmentir que irá acabar com programas sociais, como o Bolsa Família, caso ele assuma o governo. “Leio hoje nos jornais as acusações de que acabarei com o Bolsa Família. Falso. Mentira rasteira. Manterei todos programas sociais”, escreveu em sua conta pessoal, por volta das 7h30.
Continua depois da publicidade
A afirmação de Temer é uma resposta ao pronunciamento divulgado nas redes sociais na noite desta sexta-feira, no qual a presidente Dilma afirmou que “os golpistas já disseram que se conseguirem usurpar o poder, será necessário impor sacrifícios à população brasileira. Querem revogar direitos e cortar programas sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida”. Em uma sequência de quatro tuítes, o vice-presidente também elogiou a Lava-Jato e defendeu a “unificação e pacificação dos brasileiros”.
Leio hoje nos jornais as acusações de que acabarei com o bolsa família. Falso. Mentira rasteira. Manterei todos programas sociais.
¿ Michel Temer (@MichelTemer) 16 de abril de 2016
A Lava Jato tem prestado importantes serviços ao país.Sou jurista e sei do papel fundamental da Justiça e do MP p/ o avanço das instituições
¿ Michel Temer (@MichelTemer) 16 de abril de 2016
A Lava Jato tem prestado importantes serviços ao país.Sou jurista e sei do papel fundamental da Justiça e do MP p/ o avanço das instituições
¿ Michel Temer (@MichelTemer) 16 de abril de 2016Continua depois da publicidade
Só sairemos da crise se todos trabalharem pelo Brasil, não pelos seus interesses pessoais.
¿ Michel Temer (@MichelTemer) 16 de abril de 2016
Leia mais:
Veja quais argumentos usar quando discutir política neste fim de semana
Lava-Jato impulsionou crise política
Fachin afirma que não cabe ao STF discutir crime de responsabilidade
Temer voltou a Brasília na noite desta sexta-feira, alterando seu plano inicial de passar o fim de semana em São Paulo. O vice-presidente marcou uma reunião de trabalho às 12h, no Palácio do Jaburu. Apesar de seus aliados demonstrarem confiança na vitória do impeachment, ainda há o receio de que o governo possa evitar os 342 votos em favor do impedimento.
A notícia de que três deputados do PP voltaram atrás na decisão de apoiar o impeachment acionou o alerta no grupo de Temer. Ainda assim, o ex-ministro Eliseu Padilha, que integra o núcleo duro do vice, classificou como “piada” a suposta reação. Também numa conta de rede social, Padilha ressaltou o pedido de demissão do presidente do PSD, Gilberto Kassab, do Ministério das Cidades.
Leia outras notícias sobre o processo de impeachment
*ESTADÃO CONTEÚDO