A projeção de instituições financeiras para a inflação em 2016, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu pela sexta vez seguida, ao passar de 7,25% para 7,29%. Para 2017, a estimativa é mantida em 5,5% há seis semanas consecutivas. As previsões integram o Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) às segundas-feiras.
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As estimativas estão acima do centro da meta de inflação de 4,5%. O limite superior é 6,5% neste ano e 6% em 2017.
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Além disso, a projeção do mercado para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi mantida em 3,44% neste ano. Para 2017, a estimativa de crescimento permaneceu em 1%.
Já a projeção para a cotação do dólar foi mantida em R$ 3,60 no final deste ano e em R$ 3,80 no final de 2017.
Selic
De acordo com o relatório Focus, a expectativa das instituições financeiras para a taxa básica de juros, a Selic, ao final de 2016, subiu de 13% para 13,25% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa caiu de 11,25% para 11% ao ano.
Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano. É função do Banco Central fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar sobre a atividade econômica e, consequentemente, o IPCA, é a taxa básica de juros.
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Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta a Selic, o busca conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo. No entanto, a medida alivia o controle sobre a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, para fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.