A questão da segurança pública é delicada e muito discutida. Os índices de roubos, assaltos, sequestros e mortes em decorrência de crimes são sempre altos e estão crescendo cada vez mais, tanto as grandes como nas cidades médias e pequenas como Balneário Camboriú e Camboriú, Itapema além de Navegantes, só para citar algumas da nossa região. A violência atinge todas as classes sociais e sem os esforços das autoridades, estão todos à mercê dos criminosos
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É preciso ressaltar que não é possível falar em segurança pública, sem tocar em diversos outros assuntos, como o desemprego, a educação, a distribuição de renda, os programas assistencialistas, a capacitação e remuneração da polícia, entre tantos outros. Todos esses temas são interligados e interferem diretamente um no outro. A falta de educação de qualidade coloca as crianças nas ruas. Sem capacitação, o adulto não consegue um emprego e pode apelar para a criminalidade para garantir a subsistência. A falta de capacitação da polícia e os baixos salários tornam as autoridades mais suscetíveis à corrupção.
Um problema comumente levantado e discutido diz respeito ao modelo de organização das polícias estaduais do Brasil. Nosso país é o único no mundo em que duas corporações dividem a apuração de um mesmo crime. A Polícia Civil só começa seu trabalho quando termina o da Polícia Militar. A primeira é responsável pelos atendimentos a chamadas e eventuais flagrantes, já a segunda é encarregada de conduzir investigações e inquéritos. Essa cisão leva a disputas, rivalidades, além de prejudicar a comunicação entre as corporações. A falta de cooperação é uma das principais explicações para a imperícia dos inquéritos policiais.
Acredito que uma solução muito eficiente e que já foi proposta pelo governo de São Paulo em gestões passadas seja a criação do Ministério da Segurança Pública, que centralizaria e articularia os esforços, transferindo ajuda do governo para os Estados e fortalecendo as medidas em prol da segurança pública nas cidades. Hoje em dia, cada município tem sua própria forma de cuidar desse assunto, mas as ações acabam ficando dispersas e perdem a força. Um único órgão seria muito mais eficiente, inclusive para o combate ao tráfico de drogas e armas, uma situação grave que assola nosso país.
A falta de segurança pública é um problema que afeta a todos e, portanto, é um problema coletivo e que precisa de solução urgente. Unir forças e garantir mais recursos em nível federal e estadual é a solução para garantir à população segurança para trabalhar e produzir, além de cidadania e a paz necessária para a família brasileira.
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