Florianópolis dá um novo passo no tratamento das obstruções das artérias coronárias, as que irrigam o coração. Nesta semana, foi realizada na cidade a primeira angioplastia com colocação de stent absorvível pelo organismo.

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Até então, a estrutura era metálica e permanecia no corpo. A cidade foi a terceira do país a utilizar o dispositivo que ainda é novidade. No Brasil, já foi utilizada em procedimentos no Hospital Israelista Albert Einstein, em São Paulo, e também em Curitiba, no Hospital Cardiológico Costantini.

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Luiz Eduardo São Thiago, cardiologista do hospital SOS Cárdio, fez parte da equipe que implantou o primeiro stent absorvível em Santa Catarina na última segunda- feira. Ele explica que o item, que é utilizada para desobstruir as artérias coronárias, até então permanecia no corpo permanentemente.

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– A forma de tratar é igual. Mas ao implantar o stent, ele já desobstrui e essa estrutura metálica ficava sempre dentro da artéria. A grande vantagem é que o novo é absorvido pelo organismo – diz.

O cardiologista explica que a estimativa é que cerca de 30 a 40% dos procedimentos realizados a partir de agora utilizem o stent feito de um polilactídeo, material utilizado em implantes médicos, como suturas absorvíveis. Ele ainda não pode ser utilizado em todos os tratamentos, pois ainda está na primeira versão e, segundo o especialista, é mais espesso que o anterior. Então é necessário analisar cada caso e as situações anatômicas, explica.

O stent absorvível utilizado no Brasil é o Absorb, produzido pela multinacional Abbott. O desenvolvimento do dispositivo iniciou há 10 anos e ele é usado principalmente na Europa.

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Previsão é que 40% dos procedimentos realizados a partir de agora utilizem o novo stent

Produto é comercializado em mais de 60 países

Já foi implantado em 80 mil pacientes

O stent é absorvido pelo organismo em até três anos