Uma resolução publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta terça-feira (25) proíbe a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol para procedimentos de saúde ou estéticos. A decisão ocorre após a morte de um empresário após a realização do procedimento conhecido com “peeling de fenol” em São Paulo. As informações são do g1.

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A Anvisa alega que a medida cautelar visa “zelar pela saúde e integridade física da população brasileira”, e afirma ainda que não recebeu comprovação através de estudos da eficácia e segurança do produto nestes procedimentos.

A agência comunicou a decisão em nota, na qual também informou que a proibição continuará vigente enquanto investigações sobre riscos do produto estão em andamento.

Na última sexta-feira (21), o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) entrou com uma ação na Justiça Federal para pedir a proibição da venda de substâncias químicas à base de fenol para pessoas que não forem médicos.

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O pedido surge após a morte do empresário Henrique Silva Chagas, que passou por um peeling de fenol em uma clínica em São Paulo. Conforme consta no boletim de ocorrência, ele teria passado por uma limpeza de pele e uma aplicação de anestésico, que foi seguida de uma raspagem, e então a aplicação do fenol.

Enquanto estava com a substância no rosto, o empresário começou a passar mal, respirar forte pela boca e pediu por socorro. A responsável pelo procedimento, Natalia Becker, e outras funcionárias da clínica prestaram socorro e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O homem morreu no local.

Como funciona o peeling de fenol

O procedimento estético que ganhou destaque nos últimos anos é feito através da aplicação de uma solução cáustica, que provoca uma queimadura na pele. Ao descamar, a renovação promovida suaviza rugas e manchas, contudo pode trazer riscos à saúde.

Especialistas apontam que a pele pode escurecer de forma permanente e ganhar cicatrizes. Além disso, a substância é cardiotóxica, o que significa que ela pode afetar o sistema cardíaco e o funcionamento do coração.

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Entre os possíveis impactos estão alterações na frequência cardíaca, que podem levar a arritmia e uma eventual parada cardíaca, se o quadro não for monitorado.

— O procedimento pode ser feito em ambulatório se a concentração for menor apenas em área da face, mas o paciente precisa estar sempre monitorado — recomenda a dermatologista Edileia Bagatin.

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