O centro de desenvolvimento e suporte da Philips em Blumenau, inaugurado oficialmente nesta segunda-feira em evento que reuniu funcionários, clientes, autoridades públicas e executivos do alto escalão da companhia, é o tipo de negócio que qualquer município gostaria de atrair: indústria limpa, de alta tecnologia e de mão de obra extremamente qualificada.
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Como a atuação da estrutura é focada no portfólio de soluções para a área médica da multinacional holandesa, o investimento acaba contemplando TI e saúde, duas das cinco atividades estratégicas para o crescimento da cidade mapeadas pelo recém-lançado Plano Municipal de Desenvolvimento Econômico.
A Philips não divulga o valor investido na cidade, mas Solange Plebani, gerente da área responsável pela informática médica, diz que a estrutura permitirá que a empresa cresça até 10 vezes num prazo de cinco anos.
À coluna, a executiva elogiou a qualidade da mão de obra de Blumenau, mas bateu na tecla de que ainda é preciso melhorar a formação num segundo idioma, principalmente no inglês. É um ponto sensível e que precisa ser bem trabalhado se quisermos trazer mais empresas de ponta que fazem negócios em nível global e empregar nossos jovens nelas. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcos Ruediger, garante que essa questão já está no radar do município.
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Cerca de 700 computadores ocupam os quase 4 mil metros quadrados da estrutura que hoje emprega 650 pessoas, mas que foi projetada para abrigar até 1,1 mil. Aliás, o espaço interno chama a atenção por um detalhe: os ambientes são abertos, facilitando a comunicação entre os diferentes setores e, com isso, estimulando a inovação. É o chamado conceito Workplace Innovation. De acordo com Solange, desde que o centro começou a operar, no fim de fevereiro, a Philips já percebeu um índice maior de satisfação de funcionários e clientes.
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A inauguração do espaço consolida uma nova etapa do planejamento estratégico da Philips, que desembarcou na cidade em 2010 após comprar a Wheb Sistemas – o valor da transação não foi divulgado, mas na época a empresa blumenauense já tinha amplo mercado nacional.
Com o negócio, a multinacional holandesa passou a gerenciar o Tasy, software de gestão médica que, hoje, é utilizado em mais de 850 hospitais e clínicas do país. Já está bem encaminhada a comercialização da solução em países da Europa, como Alemanha e Inglaterra, e do Oriente Médio. E a companhia parece não querer parar por aí, como destacou o presidente da Philips para a América Latina, Henk de Jong, em sua fala no evento:
– A Philips está há 92 anos no Brasil. Investir capacidade e esforço humano neste momento difícil mostra que queremos ficar pelo menos mais 92 anos.
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