Chamado de “concorrente do Uber“, o Yet GO acaba de desembarcar em Blumenau. Executivo responsável pela operação do negócio no Paraná e em Santa Catarina, Alexandre Ratacheski diz que o município tem “entre 50 e cem” motoristas cadastrados.

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:: Leia mais informações de Pedro Machado

Apesar de já funcionar na cidade, ainda é difícil, por causa da baixa adesão, encontrar prestadores disponíveis por aqui – o que, promete Ratacheski, deve mudar em breve.

O Yet GO é bem parecido com o Uber. O usuário baixa o aplicativo, solicita a corrida, paga com um cartão de crédito previamente cadastrado – o preço sai bem mais em conta em relação a um táxi comum – e, ao final, avalia o motorista. Mas há algumas diferenças pontuais.

Ao contrário do conhecido concorrente, não existe a tarifa dinâmica, que aumenta o valor em horários de pico. Taxistas e mototaxistas também podem usar o app para que os passageiros os localizem.

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Startup 100% brasileira, a Yet GO já atende mais de 50 municípios e quer chegar a cem ainda neste ano. Ratacheski esteve nesta quinta-feira em Blumenau e falou para a coluna sobre os planos da empresa.

Qual a diferença do Yet GO para o Uber?

A primeira é o modelo de franquia. Podemos ter empreendedores participando do negócio ativamente e tentando customizar a operação, para tentar falar a linguagem de cada região. O Brasil é muito diferente. A segunda é o valor da tarifa. A gente não tem a tarifa dinâmica. Ela é fixa, em geral de 30% a 40% abaixo da concorrência de outros segmentos. Quando o cliente entra na corrida ele vai saber que é sempre o mesmo preço por minuto. Não vai variar, não vai ter surpresas. E o terceiro diferencial é que o Yet GO é muito democrático por permitir carros comuns, de luxo e também atender motoristas de táxis e moto-táxis.

Como funciona o serviço para os taxistas e mototaxistas?

Da mesma forma que o motorista comum. O taxista se cadastra e manda a documentação. Assim que for aprovado ele está ativo. Qualquer usuário que solicitar o serviço vai fazer a corrida pelo preço do aplicativo. O motorista vai pagar, por essa corrida, R$ 2 para o aplicativo. Se a corrida for R$ 100, R$ 50 ou R$ 30, vai pagar R$ 2. Para o mototáxi é exatamente a mesma dinâmica, mas é cobrado R$ 1.

Quais são as exigências para ser um motorista?

É preciso ter um carro fabricado a partir de 2010 com quatro portas, ar-condicionado, uma carteira de motorista válida e um “nada consta” em antecedentes criminais. É basicamente isso. Com essas premissas já é possível virar um parceiro Yet GO.

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Como a empresa está hoje em SC e quais os planos daqui para frente?

Inicialmente disponibilizamos a plataforma em Blumenau, Joinville e Florianópolis. A ideia é fazer ações para alavancar usuários e motoristas nessas regiões e expandir o serviço em até 120 dias para demais cidades importantes de Santa Catarina, como Itajaí, Balneário Camboriú, Navegantes. Nosso foco são cidades próximas a 200 mil habitantes ou que estrategicamente têm um volume grande de necessidade de transporte.

Há quantos motoristas cadastrados hoje em Blumenau? E a partir de quando a empresa vai estar operando plenamente na cidade?

Nós costumamos divulgar os números nacionais. Temos 20 mil motoristas cadastrados nacionalmente e mais de 70 mil usuários. Aqui a operação está começando e vai crescer naturalmente, alavancada também pelo modelo de remuneração variável. Cada motorista e usuário pode ter uma bonificação caso indique outras pessoas. Então a operação vai crescer. O plano é esse.

Como funciona a remuneração para o motorista?

A remuneração, no caso do motorista independente, é muito parecida com a do mercado. Um carro comum paga 25% de comissionamento sobre cada corrida. Para o carro de luxo, que exige um investimento mais alto por parte do motorista, o comissionamento é de 20%.

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Como o motorista se cadastra?

Para o motorista o jeito mais simples é acessar o site (www.yetgo.com.br). Lá vai ter a orientação e a documentação exigida. Ele manda e essa documentação vai ser analisada. Quem tem Android (sistema operacional) no celular, caso da maioria, pode fazer isso pelo aplicativo também. O motorista que tem iPhone (iOS) pode fazer pelo site e em breve poderá fazer pelo aplicativo. Para os usuários, o aplicativo já está disponível tanto para Android quanto para iOS.

A pessoa que quer se cadastrar pode ter outro emprego ou prestar serviço para um concorrente do Yet GO?

Sem dúvida. O objetivo é identificar pessoas que queiram acessar a nossa plataforma e ganhar dinheiro da forma que elas acharem melhor, seja trabalhando o dia todo, um período ou só à noite, como muitos já fazem. Então a ideia é realmente ser um parceiro de todos esses profissionais do mercado que buscam uma remuneração adicional, mas dentro de um padrão de qualidade e acompanhamento. O motorista vai ser acompanhado e avaliado pela empresa e pelos usuários para poder permanecer no aplicativo.

E os benefícios para o passageiro?

Em relação ao padrão de mercado e a outros serviços mais antigos disponíveis, o passageiro vai pagar um valor de corrida até 40% menor. Outro benefício é poder em alguns momentos se beneficiar da promoção do Yet 10. Pegando uma corrida de até R$ 50, ele vai pagar só R$ 10. Isso a gente lança no início da operação. Continuamente vamos lançar promoções para movimentar o mercado, fazer as pessoas conhecerem a plataforma e ver que ela funciona.

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Até onde a Yet GO quer chegar no Brasil? Tem planos para expandir para fora?

A Yet GO é uma empresa 100% brasileira. O primeiro objetivo é chegar às principais cidades do Brasil com uma qualidade de serviço boa e ser uma referência positiva em termos de mobilidade, permitindo que as pessoas usem esse serviço gastando menos ou até optando em não ter mais carros, que poluem as ruas e dificultam o trânsito. Esta é uma opção para ajudar as cidades a dar uma resposta para a mobilidade. Temos sim planos de levar o aplicativo para fora. Está previsto que ao longo do primeiro semestre ou no máximo no segundo essa plataforma chegue a Orlando e Miami. Já existem franqueados interessados em lançar essa plataforma por lá e isso está sendo estudado pela empresa.