O grupo paranaense GTFoods estima faturar R$ 100 milhões neste ano somente com as unidades de negócio da antiga Companhia Lorenz. A empresa de Indaial, conhecida por suas conservas e molhos, teve a falência decretada em 2000, mas continuou ativa como massa falida até ser comprada por R$ 38 milhões – estava avaliada em R$ 63 milhões – em leilão ocorrido em dezembro de 2014.

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Os novos donos assumiram a operação no fim de 2015 com planos de investir R$ 17 milhões na recuperação das quatro fábricas, manutenção de maquinário e regularização de licenças.

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Na unidades de Indaial – as outras três ficam em Cianorte, Umuarama e Quatro Pontes, todas no Paraná – trabalham cerca de 80 funcionários, alguns remanescentes da massa falida. A planta fabrica conservas como pepino, beterraba e palmito, além de molhos como maionese, mostarda e catchup, tudo com a marca Lorenz. Essa linha de produtos vai para cerca de 2 mil pontos de venda em todo o país.

– A gente vem crescendo na casa de dois dígitos todo mês desde janeiro – comemora Aleksandro Siqueira, gerente de vendas da GTFoods.

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A GTFoods foi fundada no início dos anos de 1990 e conquistou mercado atuando com resfriados e congelados, especialmente na produção de carne de frango. A compra da Lorenz em um leilão que atraiu outras empresas do ramo de alimentos e até multinacionais faz parte de uma estratégia de diversificação da atuação do grupo, com a incorporação de novas linhas de produtos.

O fato de a companhia de Indaial não ter interrompido as atividades logo depois da decretação da falência evitou a depreciação dos ativos, o que ajudou a tornar o negócio muito mais atraente aos olhos dos novos investidores.

– Muitos consumidores, mesmo quando a produção estava reduzida, não se deram conta que a Lorenz ficou numa situação de massa falida – avalia Siqueira.

Ao pegar carona na força da GTFoods, grupo que tem 26 unidades de negócio espalhadas pelo país, 10 mil funcionários, operações no exterior e faturamento em torno de R$ 1,7 bilhão, a centenária Lorenz renasce, preservando um importante legado industrial do Vale do Itajaí.

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