Uma das últimas decisões de Eder Boron à frente da Fundação do Meio Ambiente (Faema) foi suspender o uso de um software interno de gestão. O programa FaemaWeb era utilizado apenas para analisar licenciamentos ambientais. Todos os outros setores do órgão (como fiscalização e recursos naturais) usavam o sistema ERP da prefeitura. Ou seja, questões relativas a licenças ambientais eram tratadas em um espaço e todas as demais em outro, o que impedia a comunicação de dados e acabava atrasando os processos.
Continua depois da publicidade
Boron determinou que a Faema, a partir de agora, padronize o protocolo e o gerenciamento de processos de licenciamento ambiental por um único software, no caso o já usado em outros setores da fundação e em várias áreas do governo. Com a medida, ele calcula ganhos de até 30% na agilidade das análises de agora em diante. A burocracia na emissão de licenças ambientais tem sido uma das principais queixas de empresas e entidades de Blumenau.
Na sexta-feira, último dia de seu mandato à frente da Faema, Boron divulgou um pacote de 10 medidas de melhorias e simplificação de processos de licenciamento, construídas a partir de conversas com entidades de classe e membros do Conselho do Meio Ambiente ou mesmo adotadas por decisões internas. Entre elas está a conclusão, em até 90 dias, de um diagnóstico socioambiental de Blumenau, que será usado na discussão de questões urbanísticas e ambientais.
Apesar da saída, Boron, que teve atuação elogiada na pasta, continuará no governo. Deve ficar próximo do gabinete do prefeito Napoleão Bernardes (PSDB). Assumir outra “função complexa”, como era a Faema, não é uma hipótese descartada.
Continua depois da publicidade