A estrutura da foto, que de longe lembra um contêiner gigante, é na verdade uma sala elétrica pré-fabricada feita pela Schneider Electric. Pouca gente sabe, mas dentre as fábricas da multinacional francesa no Brasil apenas a de Blumenau monta esse tipo de produto, que funciona como uma subestação de energia em projetos industriais. As chamadas “e-houses” são tão exclusivas que podem levar até um ano para ficarem prontas. O preço justifica o tempo: no ano passado, uma delas chegou a custar R$ 28 milhões. É um investimento que, segundo Nilson Pudo Torres, diretor de engenharia e serviços da empresa, pode retornar entre um e dois anos, tamanha a eficiência energética proporcionada.
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Atualmente a fábrica está com oito projetos em andamento – três e-houses já passam pela fase de testes. Praticamente todo o material empregado tem tecnologia nacional. Há, inclusive, fornecedores do Vale, o que ajuda a aumentar o nível de expertise da cadeia local do setor. A “carcaça”, por exemplo, é feita por duas empresas parceiras da região.
A Schneider Electric monta e faz todos os testes, inclusive de segurança, do equipamento. O cliente recebe a solução pronta para funcionar. Da unidade de Blumenau já saiu uma estrutura de 540 metros quadrados. Ela é formada por módulos de 20 metros de largura por cinco de comprimento que precisam ser encaixados uns aos outros, como um quebra-cabeças. A “limitação” de tamanho se deve a um fator específico: são as dimensões máximas que podem ser transportadas em caminhões. Por isso cada entrega de uma e-house requer uma grande operação logística, mobilizando vários veículos.
As e-houses são empregadas em projetos de grande porte em setores como mineração, metalurgia e óleo e gás, entre outros. A fábrica da Schneider Electric em Blumenau tem 450 funcionários e também produz transformadores e painéis elétricos.
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Reconhecimento
A blumenauense TranspoTech foi reconhecida, dentre 46 centros autorizados, por oferecer o melhor serviço de pós-vendas do Brasil da Linde Still, líder mundial em empilhadeiras elétricas.
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Direito à vida
Uma ex-funcionária da Buettner com câncer em estágio terminal conseguiu na Justiça autorização para receber com antecipação o pagamento de direitos trabalhistas devidos pela empresa de Brusque, que teve a falência decretada em abril. A juíza Clarice Ana Lanzarini cita a “supremacia do direito à vida e existência digna” para justificar a decisão, proferida na última semana.
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Devolução de produto
O Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina (TRT-SC) aprovou uma súmula que impede que vendedores tenham desconto sobre comissões de mercadorias devolvidas depois da venda. Os desembargadores entenderam que a cobrança era indevida porque transferia riscos da loja ao trabalhador. A súmula, a partir de agora, passará a orientar juízes em seus próximos julgamentos.