Uma empresa com sede no Rio de Janeiro, que tem ligação com investidores de Brusque, vai alugar parte do prédio da Buettner. A juíza Clarice Ana Lanzarini, responsável pelo caso da falência da centenária indústria têxtil, autorizou a locação em decisão proferida na última sexta-feira, mas impôs algumas condições: os locatários ficarão responsáveis pelas despesas de vigilância e energia elétrica do espaço.
Continua depois da publicidade
:: Leia mais informações de Pedro Machado
O administrador judicial da Buettner, Gilson Sgrott, diz que os investidores planejam produzir toalhas de banho no local. Ainda não se sabe quantas pessoas trabalhariam na operação, mas a expectativa é que ex-funcionários sejam contratados – o que faria mais sentido, já que a Buettner fabricava esse tipo de produto.
Nos próximos dias, Sgrott levará ao conhecimento dos credores outra proposta de locação, desta vez da unidade de Canelinha. Os lucros desses negócios devem ajudar a abastecer o caixa da massa falida, que acumula dívidas de R$ 300 milhões.
***
Continua depois da publicidade
Ao permitir a locação de parte do prédio, a Justiça rebateu argumento de um dos credores da Buettner contrário à proposta por entender que seria mais viável vender o imóvel. Na decisão, a juíza explica que a falência é algo complexo e que faria mais sentido gerar renda com os ativos ao invés de deixá-los parados – e sujeitos à depreciação – durante o desenrolar do processo. Além disso, a massa falida elimina gastos com manutenção e segurança, que são transferidos para os investidores.
A magistrada ainda destaca que o “local comporta o estabelecimento de diversas empresas, em razão de suas dimensões”. Vale lembrar que a Schlösser, que está em recuperação judicial, já ocupa o espaço.