Durante muito tempo o jornal em papel foi a principal fonte de ofertas de produtos e serviços, os chamados classificados. Só a partir dos anos 2000 é que começaram a surgir os primeiros sites que disponibilizavam mercadorias para venda. Hoje existem até grupos em redes sociais que funcionam como vitrine para os mais variados itens.
Continua depois da publicidade
:: Leia mais informações de Pedro Machado
A disseminação de plataformas de classificados e vendas online também fez aumentar a quantidade de gente que usa a internet para vender coisas. O comércio eletrônico movimentou R$ 41,3 bilhões no país no ano passado, com 106 milhões de pedidos, segundo dados do E-bit, referência no fornecimento de informações sobre e-commerce nacional.
Nesse oceano de transações comerciais, há milhões de anúncios pipocando nas telas de computadores e celulares de outros milhões de potenciais compradores. Fazer com que o seu tenha relevância e um alcance maior é difícil, mas o executivo Caio Ribeiro ensina algumas dicas que podem ajudar nessa missão.
Ribeiro é diretor do braço de classificados do grupo Mercado Livre, multinacional que tem 75 milhões de usuários cadastrados no Brasil e contabiliza quase R$ 1 bilhão por mês em negócios feitos por seus usuários no país. Ele esteve na noite de quinta-feira em Blumenau para um evento de relacionamento da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores. Antes, à tarde, bateu um papo com a coluna.
Continua depois da publicidade
Confira as recomendações do especialista:
1. Dê o máximo de informações possíveis sobre o produto na descrição. Mas cuidado para não fazer textos longos demais. O importante é ser objetivo e, acima de tudo, sincero, para evitar possíveis problemas.
2. Disponibilize imagens do produto em vários ângulos. Se você estiver vendendo um carro, por exemplo, tire fotos da parte da frente, da traseira, das laterais e internas (painel de controle, câmbio, bancos etc.) do veículo.
3. Use fotos reais, não de catálogo.
4. Quase todo mundo tem um celular com câmera. Se conseguir fazer um vídeo, melhor ainda. Mostrar o produto em funcionamento melhora a experiência do potencial comprador. No caso de um imóvel, por exemplo, vale um pequeno tour pelos cômodos.
5. Despersonalize o produto. Tire adesivos ou acessórios pessoais que caracterizem o antigo dono.
6. O título do anúncio é essencial. Seja direto e evite contar a história do produto.
7. Evite, no título e na descrição do anúncio, o uso exagerado de adjetivos – como “imperdível”, “barbada” etc. Eles podem ter o efeito contrário e levar à desconfiança do comprador – por que algo estaria tão barato ou fácil de comprar?
Continua depois da publicidade
8. Se estiver vendendo o produto em uma plataforma de classificados, veja como anunciantes/vendedores mais bem avaliados se comportam. E compare anúncios de outras pessoas/empresas que estão comercializando item semelhante.
9. Seja rápido ao responder o questionamento de um potencial comprador. A demora pode espantá-lo – e há milhares de outros produtos iguais ao alcance dele por um único clique. O ideal é dar um retorno em
até uma hora.
10. Cuidado ao embalar o produto na hora do envio, principalmente se for algo que quebra facilmente. Envolva ele com plástico-bolha ou jornal. Se for algo usado e você tiver a embalagem original, melhor ainda.