Dezesseis anos depois, a Câmara de Vereadores de Blumenau terá uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Nove vereadores – Jefferson Forest (PT), Adriano Pereira (PT), Vanderlei de Oliveira (PT), Ivan Naatz (PDT), Célio Dias (PR), Fábio Fiedler (PSD), Zeca Bombeiro (SD), Robinho (PR) e Oldemar Becker (DEM) – assinaram um requerimento que pede investigações de supostas irregularidades praticadas pelo vice-prefeito Jovino Cardoso (PSD).
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O documento cita que Jovino violou “princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade e interesse público”. O pedido foi protocolado por Forest na sessão desta terça-feira. O petista cobrou da Comissão de Constituição e Justiça da Casa agilidade na apreciação do caso.
Na lista de acusações consta que Alexandre Pereira, servidor público comissionado lotado no gabinete de Jovino na função de gerente de apoio, estaria exercendo atividades de caseiro em uma propriedade da família do vice-prefeito no bairro Salto Weissbach em horário de expediente de trabalho, o que constituiria improbidade administrativa. Pereira tem um salário bruto (sem contar os descontos) de R$ 3.784,57, segundo o portal da transparência da prefeitura.
O requerimento também cita que o patrimônio do vice-prefeito é incompatível com seus rendimentos e que ele teria cometido irregularidades ambientais. Fiscais da Faema estivaram na propriedade e constataram depósito irregular de resíduos de construção civil no rio Itajaí-Açu, supressão indevida de vegetação e ampliação de imóvel em área de preservação sem autorização legal. Jovino terá que pagar multa de R$ 10 mil e recuperar a área degradada.
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Procurado pela coluna, Jovino rebateu as acusações, disse que vai colaborar com as investigações e que está sendo vítima de “perseguição política”.