Blumenau é a sétima cidade brasileira que mais criou empregos na soma dos dois primeiros meses de 2017. Entre janeiro e fevereiro, foram geradas 1.872 vagas com carteira assinada. O resultado se deve principalmente ao desempenho da indústria da transformação, responsável pela abertura de 1.577 postos no período.

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Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Podem indicar uma reação da economia, mas é preciso observá-los com cautela, sugere o presidente do Sintex, Ulrich Kuhn. O empresário lembra que a maior parte dessas vagas abertas na indústria são de jovens aprendizes, normalmente admitidos no início do ano e que têm os contratos encerrados em dezembro. Ou seja, na contabilidade dos números esses empregos criados agora vão desaparecer no fim de 2017.

A mesma situação ocorreu em 2016. Nos dois primeiros meses do ano passado, a cidade havia criado 2.398 novos empregos, 784 deles vindo das indústrias. O ano, como se sabe, terminou com mais demissões do que contratações: um déficit de 1.881 vagas, sendo 1.457 delas eliminadas pelo setor industrial.

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Cidades como Franca (SP), Nova Serrana (MG), Sertãozinho (SP), Caxias do Sul (RS) e Joinville, que aparecem à frente de Blumenau no ranking de novas vagas em 2017, também tiveram seus resultados puxados pela indústria. Com exceção do município mineiro, todos os outros encerraram 2016 com saldo negativo de empregos neste segmento.

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Ainda é cedo, portanto, para cravar que a recessão foi embora. Apesar de tudo isso, há um alento: em fevereiro, o Brasil criou 35,6 mil empregos. Foi o primeiro saldo positivo desde março de 2015. Isso pode representar o início de um processo de retomada econômica.