O carioca Pedro Henrique faturou neste domingo, dia 23, o título do Reef Classic, evento do World Qualifying Series (WQS), a divisão de acesso à elite do surfe mundial, em Maresias, no litoral norte paulista. Além do prêmio de US$ 10 mil e dos 1.500 pontos no ranking, Pedrinho garantiu de vez a sua vaga no World Championship Tour (WCT) no ano que vem.
Continua depois da publicidade
Com a vitória, o carioca passou dos 9 mil pontos no ranking WQS – que classifica os 15 primeiros no WCT – e está garantindo na elite mundial, junto aos outros 27 melhores da divisão principal do surfe.
O caneco foi conquistado nos últimos segundos da grande final. Assim como na edição do ano passado – que aconteceu em Torres (RS) – a virada foi sobre um surfista da África do Sul, desta vez Travis Logie, que ficou com o vice-campeonato.
Na bateria decisiva, Logie havia conseguido a maior nota da final – 8,17 – e Pedrinho precisava de 6,61 pontos para garantir a virada. Faltando 10 segundos para o término, o carioca achou uma direita abrindo uma boa parede e não desperdiçou a chance. Conseguiu aplicar várias batidas e os juízes deram nota 6,73 para confirmar sua vitória por décimos de diferença: 13,23 x 13,10.
No pódio, Pedrinho subiu no lugar mais alto, seguido por Travis Logie. Em terceiro ficou o paranaense e defensor do título, Jihad Kohdr, com o norte-americano Dean Randazzo na quarta colocação.
Continua depois da publicidade
Sobre a conquista do título, Pedrinho confessou que a maior dificuldade foi ter que disputar a primeira bateria do domingo (válida pelas quartas-de-final), às 7h, em Maresias:
– Eu sou um cara que para começar a embalar, tenho que surfar uma hora antes, pois demoro um pouco para acordar. Então, 5h30min eu já estava de pé e, às 6h, fui surfar. Fiquei treinando ali com meu técnico (Pedro Robalinho), deu para ver a valinha certa que estava melhor. E logo na minha primeira onda do dia já tirei um 9,17 e aí senti que alguma coisa boa estava reservada para mim. Só tenho que agradecer a Deus, porque sofri bastante para chegar aqui, disputei muitos campeonatos na roubada total e estou muito feliz de hoje ver meu sonho realizado, que era entrar no WCT – agradeceu Pedro Henrique, que desta vez não chorou no alto do pódio, fato que ocorreu em suas conquistas anteriores.
Agora, todos rumam para Florianópolis (SC), que vai sediar as outras duas etapas do circuito mundial. Na semana que vem, começa na Praia Mole o WQS de nível máximo de seis estrelas. Na seqüência, a partir do dia 31, a capital catarinense será palco do WCT, que poderá definir o campeão mundial antes mesmo do encerramento da temporada no Havaí.