O tetracampeão mundial Pedro Barros venceu na tarde deste sábado, no quintal de casa, em Florianópolis, a quarta etapa do circuito mundial de bowl, durante as eliminatórias do Red Bull Generation, competição por equipes que será encerrada neste domingo. Com muita velocidade, manobras de borda e aéreos altíssimos, o skatista catarinense ficou com a primeira colocação na categoria profissional.

Continua depois da publicidade

O sábado da quarta edição do Red Bull Skate Generation contou com as disputas nas categorias profissional e legend. Os seis melhores classificados de cada categoria completariam as equipes que começaram a ser montadas na sexta-feira, com as eliminatórias das categorias amador e pró máster. O resultado da disputa profissional ainda valeria pela quarta etapa do circuito mundial da Internacional Skateboarders Union (ISU).

A categoria Legend, formada por lendas do skate mundial, foi vencida pelo americano Christian Hosoi. Os americanos Jeff Grosso e Pat Ngoho e os brasileiros Luiz Roberto Formiga, Marco Aurélio Jeff e Mauricio Chileno completaram as vagas para a final por equipes.

Sexto colocado na categoria, Maurício deu um susto durante a sua última volta. Após tentar voltar de uma manobra na parede mais alta do bowl, o veterano caiu e bateu as costas, local que já havia machucado. Com muitas dores, o skatista foi imobilizado e precisou ser retirado de maca da pista para receber atendimento médico.

Continua depois da publicidade

PROFISSIONAL

O aquecimento da categoria profissional já começou com os skatistas arricando as manobras e levantando o público. Na primeira bateria, o paulista Murilo Peres sobrou com variações de aéreos e ainda encerrou a sua melhor volta com chave de ouro ao acertar um giro 360 graus com base trocada na parte mais rasa do bowl.

O catarinense Caíque Silva mostrou estilo nos aéreos, mas não manteve a regularidade, enquanto o paulista Dan Cesar apresentou muita facilidade para variações de flip nas manobras aéreas nas primeiras voltas e errou muito no final. Já carioca Nilo Peçanha fez o oposto ao se recuperar no começo lento com manobras mais técnicas nas voltas finais.

Entre os estrangeiro das bateria, o americano Omar Hassan elaborou uma linha repleta de boardslides – ao fazer deslizar o skate na borda da pista seguidamente, e manobras tradicionais, como o Madona. Com três década de skate no pé, o californiano revelou cansaço no final ao arriscar tudo no cotovelo da pista. Mais consciente, o dinamarquês Rune Glifberg impressionou com voltas limpas e muita variação nas manobras, utilizando toda a pista, e merecendo a classificação para a final por equipes.

Continua depois da publicidade

BATERIA ELETRIZANTE

A segunda bateria já foi mais equilibrada e eletrizante. Campeão mundial de skate vertical, Rony Gomes começou acertando um 540 (um giro e meio no ar) de costas para a pista e fechou a sua primeira volta com um “Cabalerial”, o aéreo batizado por Steve Caballero. O americano Josh Borden não deixou por menos e logo mandou um Mctwist, manobra de elasticidade sobre o skate, embora não tenha conseguido dar continuidade na volta.

Segundo colocado no ranking mundial, o americano Alex Sorgente usou as duas primeiras voltas para se adaptar as condições e logo se transformou em uma máquina de manobras – rocket air, judo air, cabalerial, tailslide – eexecutadas em todos os cantos da pista a partir da terceira volta. Após um início ruim, o seis vezes campeão mundial de vert Sandro Dias mandou o seu aéreo 540 backside (de costas para a pista) na segunda volta, e caiu na terceira, aquela em que estava tendo a sua melhor performance.

O paulista radicado em Florianópolis Felipe Caltabiano, o Foguinho, tratou de apostar na amplitude dos aéreos nas primeira voltas. Sem conseguir se manter sobre o skate nos 30 segundos de cada volta, Foguinho arriscou ao chamar atenção dos juízes com manobras mais técnicas como o “alley oop air” e o “fake ollie disaster”, este na parte mais rasa da pista. Aí veio Pedro Barros com seu tradicional show.

Continua depois da publicidade

O tetracampeão levantou o público pela primeira vez após executar um 540 muito alto, mas em seguida caiu e aquela ainda não seria a sua melhor volta. Disposto a formar a equipe do sonhos, com Christian Hosoi, Léo Kakinho e o novato australiano Keegan Palmers, Pedro embalou na quarta volta, onde mandou a sua melhor séries de aéreos, utilizando o cotovelo e a parede mais alta do bowl.

No final, deu tempo até para Barros extravasar e executar um lay back na parte mais alta da pista. Diante do nível superior, quatro dos seis atletas da segunda bateria conseguiram a classificação para a disputa por equipes: Pedro Barros (1º), Alex Sorgente (3º), Sandro Dias (4º), Rony Gomes (5º). Da primeira bateria, apenas Murilo Peres (2º) e Rune Glifberg (6º) conseguiram ficar entre as seis maiores médias.

DOMINGO

A final por equipes acontece neste domingo, a partir das 15h, porém o acesso ao local já está esgotado. Mas o evento será transmitido ao vivo pela internet pelo site da Red Bull, com locução do skatista americano Neal Hendrix, que conhece bem os brasileiros. As equipes são formadas por um amador, um pró master, um profissional e um legend.

Continua depois da publicidade

Resultados do sábado do Red Bull Skate Generation:

Categoria Profissional

1º Pedro Barros (BRA)

2º Murilo Peres (BRA)

3º Alex Sorgente (EUA)

4º Sandro Dias (BRA)

5º Rony Gomes (BRA)

6º Rune Glifberg (DIN)

* resultado válido pela quarta etapa do circuito mundial ISU

Categoria Legend

1º Christian Hosoi (EUA)

2º Jeff Grosso (EUA)

3º Pat Ngoho (EUA)

4º Luis Roberto Formiga (BRA)

5º Marco Aurélio Jeff (BRA)

6º Mauricio Chileno (BRA)

Equipes

1- Pedro Barros, Christian Hosoi, Léo Kakinho e Keegan Palmers

2- Murilo Peres, Jeff Grosso, Duzinho Brás e Augusto Akiro

3- Alex Sorgente, Pat Ngoho, Marco Cruz e Vi Kakinho

4- Sandro Dias, Luiz Roberto Formiga, Miguel Zaffari Catarina e Héricles Fagundes

5- Rony Gomes, Marco Aurélio Jeff, Mauricio Boff e Fabio Junqueira

6- Rune Glifberg, Mauricio Chileno, Jonnhy Drews e Pedro Quintas