O verão exige que as crianças recebam atenção especial em relação à exposição solar, brincadeiras na praia e piscina, hidratação e consumo de alimentos apropriados para esta época do ano. Para ajudar os pais nessa tarefa, o pediatra Vanderlei Wilson Szauter, do Hospital e Maternidade São Cristóvão, dá dicas essenciais para que o verão em família seja sinônimo de férias memoráveis.

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Segundo o profissional, a alimentação deve ser a mais natural possível, preferencialmente não industrializada, uma vez que o processo de preparação, conservação e refrigeração é muitas vezes desconhecido.

– Os alimentos eleitos para essa época do ano são os mais frescos possíveis. Frutas como melancia, melão, abacaxi, manga, laranja, uva, pera e kiwi são uma boa pedida por terem alto teor líquido e vitaminas. Frituras devem ser evitadas e sorvetes de palito são muito bem vindos, pois são refrescantes e hidratam – recomenda Vanderlei.

O médico também esclarece quanto à importância de consumir líquidos:

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– A hidratação, principalmente para as crianças pequenas, é muito importante. Os pais devem oferecer água e sucos durante todo o dia, principalmente quando estiverem ao sol – orienta.

Segundo ele, não existe uma quantidade exata de líquidos a serem consumidos por crianças, o importante é que seja oferecido regularmente. Quanto mais jovem for a criança, maior o cuidado com a ingestão de líquidos os pais devem ter.

– Chás frios, água de coco e até mesmo refrigerantes podem fazer parte do volume total ingerido no dia. O importante é não esperar que a criança peça água, pois quando ela sente sede já pode estar desidratada – afirma o especialista.

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Ao contrário do que muitos pensam, doces podem ser boa fonte de energia para as crianças se consumidos com moderação, pois alimentam e repõem as energias. Já os salgadinhos devem ser evitados ao máximo.

– Eles não tem nenhum valor nutritivo, além de apresentarem uma alta quantidade de sal e conservantes. Pipocas preparadas em casa com pouco óleo e sal são uma boa saída para evitar o consumo de salgados processados – diz Vanderlei.

Ele ressalta que a exposição solar saudável deve ser até às 10h e depois das 17h, com aplicação de filtro solar a cada duas horas.

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– Os pais devem lembrar que recém-nascidos precisam de cuidados especiais e não devem ficar expostos ao sol mais do que cinco minutos e apenas antes das 10h – alerta o pediatra.

Para diminuir o risco de acidentes durante brincadeiras ao ar livre, o médico recomenda que um adulto esteja sempre presente para supervisionar as atividades. Além de prevenir, a presença estreita os laços entre pais e filhos. O pediatra faz o mesmo alerta quando se trata do acesso infantil ao mar e piscinas:

– Quando se trata de crianças todo cuidado é pouco. Elas nunca devem ficar sozinhas e sem boias compatíveis com o respectivo peso e idade.

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Também é preciso cuidar dos olhos, pois eles podem ficar irritados com o contato da areia, sal e do cloro das piscinas.

– Em casos de vermelhidão, os olhos devem ser lavados com frequência em água fervida fria ou filtrada. Se a irritação persistir ou a criança se queixar de dores, os pais devem procurar um profissional para que a examine e trate adequadamente – sugere o especialista.

Quanto aos ouvidos, podem ser tamponados com algodão embebido levemente em óleo para evitar que entre água.

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– Caso entre água e a criança se queixe de dor, ela deve ser examinada por um otorrino o quanto antes. Dor de ouvido é uma das piores dores e pode aumentar a intensidade em um curto espaço de tempo – afirma o médico.

Quanto à picada de insetos, é importante passar no local algum anti-puriginoso e para que as unhas não contaminem ao coçar é importante mantê-las curtas e limpas.

– É válido ressaltar que os pais devem saber se seus filhos são alérgicos, pois em alguns casos a criança pode ter um choque anafilático, uma reação alérgica de hipersensibilidade imediata ao veneno de insetos. Nesses casos, dependendo da intensidade da alergia e se necessário, um antialérgico pode ser administrado, e o repelente não pode ser esquecido.

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Um ponto que vale a pena ser ressaltado, segundo Vanderlei, é o cansaço que os pequenos apresentam no fim do dia.

– A fadiga por brincar muito é real e deve ser cuidada, os pais não devem forçar a alimentação. Eles podem oferecer líquidos, vitaminas, lanches leves e um banho, preferencialmente de banheira, para os músculos relaxarem – conclui.