A baleia-franca avistada no início da semana em Imbituba, com um pedaço da rede preso à cabeça, não está mais com o artefato de pesca. Ela foi vista novamente nesta quarta-feira (22) sem o “pano de rede” com boias brancas enredado às calosidades. Na companhia do filhote, essa é a primeira vez que a baleia-franca é registrada pelos pesquisadores em Santa Catarina, e entrou para o catálogo como a B854.

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A equipe do ProFRANCA/Instituto Australis analisou imagens obtidas na praia da Ribanceira e confirmou se tratar da mesma baleia vista na segunda-feira (20), na praia do Rosa. Nas imagens feitas pelo Professor do LabZoo/Udesc/Laguna, Pedro Castilho, é possível ver que o artefato se soltou, o que costuma ocorrer nesses casos.

A diretora de pesquisa do ProFRANCA/Instituto Australis Karina Groch explica que o atrito dos fios de nylon deste tipo de rede com as calosidades, que são ásperas, pode provocar o rompimento dos fios. 

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– Estes casos são sempre preocupantes, mas a avaliação que nós fizemos inicialmente indicou que a rede poderia se soltar sem que fosse necessário intervenção, o que foi possível constatar com as novas imagens, após dois dias da ocorrência – explica Karina.

Há pouco mais de uma semana, uma outra baleia, a B610, foi vista também com um artefato de pesca na cabeça. Como o animal apresentava bom estado de saúde e comportamento normal, não foi necessário nenhum procedimento para tentar tirar a rede.

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A temporada reprodutiva da baleia-franca está no início, e o pico da presença da espécie ocorre em setembro. Com o patrocínio da Petrobras, o monitoramento e pesquisa sobre o cetáceo continuam, por terra e também com sobrevoo, previsto para setembro.

baleia
No início da semana, monitoramento avistou o fragmento de rede preso ao animal (Foto: ProFRANCA/Instituto Australis, divulgação)

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