Já estão no canteiro de obras da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, as primeiras peças preparadas para a fase mais importante nos trabalhos de recuperação da estrutura: tratam-se das chamadas barras de olhal, como são chamadas as peças aéreas que mantêm a ponte sustentada por cabos e formam as curvas do projeto. As 24 barras chegaram nesta segunda-feira, trazidas de Ipatinga (MG), e estão armazenadas numa área próxima da cabeceira da parte continental.

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Cada estrutura tem cerca de 13 metros, com furos nas duas pontas, e pesa mais de 1,1 tonelada. A previsão é de que as novas barras sejam posicionadas no lugar das peças atuais a partir de outubro. Até lá, conforme o cronograma, já estarão concluídos os trabalhos de construção da estrutura que fará o suporte temporário das barras de olhal para permitir a troca.

Segundo o engenheiro fiscal da obra, Wenceslau Diotallévy, a cada semana devem chegar 24 novas barras a Florianópolis. O projeto prevê a substituição de 360 barras em um período de 11 a 12 meses.

—Será dado o início à operação mais importante na recuperação da ponte, que consiste na troca da estrutura existente pela nova — destaca Diotallévy.

Visualmente, a substituição das barras previstas para começar em outubro também é considerada uma das etapas mais marcantes da reforma. Isto porque, além formarem o desenho da ponte, as barras poderão ser observadas de longe durante a reposição. Cada barra de olhal, compara o engenheiro Wenceslau Diotallévy, será ligada à outra barra de olhal por um pino, como se fosse uma corrente de bicicleta.

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As peças receberam três camadas de tinta, com elementos anticorrosivos e voltados à proteção contra raios solares, com uma vida útil prevista de pelo menos 15 anos. A empresa Empa, do grupo português Teixeira Duarte, é a responsável pelo atual ciclo das obras de restauração.

A ordem de serviço para os trabalhos foi assinada em abril de 2016, com prazo de execução previsto em 30 meses, o que aponta a conclusão das obras no segundo semestre de 2018. Quando reaberta, terá duas vias para receber veículos e espaço para ciclistas e pedestres.

Ouça as informações de Luciano Almeida, pela CBN Diário: