Vindas da Espanha, chegaram nesta quinta-feira de manhã a Florianópolis quatro peças importantes para a recuperação da Ponte Hercílio Luz. Com peso de sete toneladas cada, os materiais serão colocados no topo das quatro torres de sustentação da estrutura. Eles farão a conexão das barras de olhal entre uma torre e outra.

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A instalação, no entanto, começará somente em outubro, depois que for feita a transferência total de carga do vão central para as bases de apoio provisórias instaladas no mar. A previsão dos engenheiros portugueses da Teixeira Duarte, empresa responsável pela obra, é que a ponte seja levantada por macacos hidráulicos em mais 40 centímetros, além dos 10 centímetros já erguidos em fevereiro.

A saga das novas peças iniciou no final do ano passado. Desde o pedido feito pela empreiteira até a chegada em Florianópolis foram seis meses, segundo o engenheiro do Deinfra, Wenceslau Diotalévy. A fabricação ocorreu em Basauri, município espanhol da província de Biscaia, na empresa Guivisa. Os materiais foram embarcados no Porto de Bilbao como destino Santos (SP), onde chegaram na última semana.

Em dois caminhões, as peças foram trazidas à Capital numa viagem que durou três dias. As carretas chegaram na noite de quarta-feira em Biguaçu, na BR-101, mas só nesta manhã de quinta-feira receberam autorização para acessarem o canteiro de obras da Ponte Hercílio Luz, no Bairro Coqueiros.

Barras de olhal são as próximas a chegar

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Na próxima semana, Diotalévy vai a Ipatinga, no interior de Minas Gerais, para acompanhar a confecção das barras de olhal, que são as peças aéreas que mantêm a ponte estaiada. Ainda não há um prazo estimado para a chegada dos materiais no canteiro de obras, mas a expectativa é que isso ocorra até julho. O prazo para o envio das novas barras vai ser estimado nessa visita do engenheiro.

— Cada uma das barras tem 13 metros. Elas vão vir de carreta da unidade industrial da Usiminas até Florianópolis.

A substituição destas peças ocorre também a partir de outubro, com a elevação total do vão central. Cabos e torres provisórias serão responsáveis por manter a estrutura sustentada durante um ano até que as trocas sejam feitas.