Dois sujeitos se preparam para a célebre maratona de Nova York. Enquanto treinam, discorrem sobre temas como o amor, os homens e as mulheres. Apostando na corrida como uma metáfora da vida, a peça Maratona de Nova York terá sessões no sábado e no domingo, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre.
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O texto é assinado pelo dramaturgo italiano contemporâneo Edoardo Erba. Na ação, dialogam Mario (vivido por Anderson Muller), um homem sensível e brincalhão, e Steve (Raoni Carneiro), um sujeito objetivo e determinado.
– Os dois personagens não são inimigos, mas são antagônicos na maneira de pensar. São dois lados complementares do ser humano e do próprio autor – afirma Bel Kutner, que dirige o espetáculo.
Bel lamenta que não estará em Porto Alegre com a produção porque está envolvida com as gravações de Amor à Vida, a próxima novela das 21h da RBS TV, que estreia nesta segunda-feira. A diretora lembra que guarda boas lembranças da Capital:
– Meu pai (o ator Paulo José) viveu em Porto Alegre. Meus avós paternos moravam na Duque de Caxias, bem perto do Theatro São Pedro.
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Maratona de Nova York é um exercício físico para os atores no sentido mais literal. Muller e Carneiro passam boa parte da encenação em movimento. Fora dos palcos, ambos são atletas: o primeiro corre há tempos; o segundo treina com frequência. O público costuma ficar intrigado com o esforço que empreendem durante o espetáculo. Bel explica:
– Depois que você esquenta, não sente tanto, apenas vai na endorfina. A peça funciona como um treino. A história vai aquecendo. Apesar de tratar de assuntos sérios, o texto tem uma pegada cômica.