O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que a PEC do voto impresso será levada para votação no plenário da Casa – mesmo depois de o relatório favorável ao texto ter sido rejeitado na comissão especial. O representante falou sobre a decisão em pronunciamento nesta sexta-feira (6). A votação deve ocorrer na próxima semana.

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No discurso, Lira alegou que levar a PEC a plenário é uma forma de encerrar o assunto, responsável por uma crescente crise institucional que o presidente Jair Bolsonaro criou com a Justiça Eleitoral, ao questionar, sem provas, a lisura do voto eletrônico. 

De acordo com o deputado federal, a escolha será feita por parlamentares que foram eleitos por urnas eletrônicas e que representam a vontade dos eleitores.

– Essa é uma decisão coerente. Não contem comigo para qualquer movimento que vá em direção contrária e que rompa a harmonia e a independência entre os poderes – disse Lira, após frisar que o debate das eleições foi longe demais e que todos os parlamentares que vão decidir pelo assunto foram eleitos legitimamente pela urna eletrônica.

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O pronunciamento de Lira ocorreu após um episódio ocorrido em Joinville, no Norte de SC, em que o presidente Jair Bolsonaro xinga com um palavrão o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na segunda-feira (2), o TSE abriu um inquérito administrativo sobre as ameaças do presidente às eleições de 2022, e aprovou investigação contra Bolsonaro no STF, por disseminação de fake news.

Comissão recomenda arquivamento

A comissão especial da Câmara também aprovou nesta sexta-feira o relatório que recomenda a rejeição e o arquivamento da PEC do voto impresso. A votação terminou em 22 a 11, segundo informações do G1. 

O relatório foi apresentado no fim da tarde. Agora, o novo parecer vai acompanhar a PEC no dia em que ocorrerá a votação do plenário. 

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