“Cannabis: essa questão precisa ser debatida.” Assim a candidata a deputada federal Mariana Marques (PDT) abre seu espaço no horário eleitoral.
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Focado na discussão da descriminalização da maconha e na legalização do casamento gay, o vídeo chamou tanta atenção que foi suspenso. Pelo próprio partido.
– Disseram que pessoas no interior ligaram porque se sentiram incomodadas com os temas abordados – diz a candidata, que reclama ter perdido a chance de aparecer no horário eleitoral por três oportunidades.
Na noite de quinta-feira, o polêmico material voltou ao ar.
– A primeira vez que gravamos, o texto falava em descriminalização da maconha. Pediram para trocar. Como demorou, fiquei mais de uma semana sem ir ao ar no começo – afirma.
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Depois de ter regravado com o texto mais ameno, a candidata diz ter sido surpreendida ao ficar fora do ar.
– Ficou duas semanas na TV. No Youtube, o vídeo teve mais de 50 mil acessos – afirma.
Presidente estadual do partido e candidato a vice-governador na chapa de Angela Amin (PP), Manoel Dias nega que a candidata tenha sido tirada do ar pela temática que aborda. Disse que aconteceu um problema técnico, na produtora.
O secretário-geral do PDT, Everton Wan-dall, admite resistências à plataforma de Mariana Marques.
– A maioria do partido era contra esse vídeo. Ficou fora até para dar uma aliviada na tensão. Muita gente acha uma afronta – diz Wan-dall.
Segundo ele, os candidatos têm que entender a posição do partido.