Lideranças do PDT de Joinville devem voltar a se reunir logo depois da Páscoa, desta vez para decidir se pedem à Justiça Eleitoral o mandato do vice-prefeito Rodrigo Coelho, expulso na noite de quarta-feira da legenda após uma série de desentendimentos com a executiva municipal pedetista.
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Segundo o presidente da sigla, Rodrigo Bornholdt, a nova reunião deve ocorrer somente após o fim do prazo de 15 dias que Coelho tem para recorrer à executiva estadual.
– Temos que respeitar o prazo e aguardar o que vai acontecer. Enquanto isso, vamos refletir sobre a possibilidade de pedir o mandato. É uma questão delicada, que implica uma mudança considerável no Executivo do município. Precisamos refletir bem a respeito – afirma.
A legislação eleitoral brasileira esclarece que os partidos são detentores dos mandatos, não os ocupantes das vagas. Por isto, ao determinar a desfiliação de Coelho, o PDT de Joinville tem o direito de ir à Justiça pedir o cargo – respeitando, no entanto, o prazo de até 30 dias após a expulsão para
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entrar com o processo.
A crise entre o vice-prefeito e a direção pedetista começou ainda em 2012, quando o partido ficou dividido sobre qual seria seu rumo na eleição municipal.
A relação se desgastou ainda mais em meados do ano passado, quando começou a se especular a possibilidade de Coelho ir para o PSB para disputar a vaga de deputado estadual nas eleições deste ano.
Bornholdt alega que a aproximação com o PSB, o fato de o vice-prefeito dar declarações em nome do partido por conta própria e de ter deixado de participar das reuniões e decisões do PDT justifica a sua infidelidade partidária.
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Indecisão sobre futuro político
Já na Prefeitura de Joinville, o assunto foi tratado nesta quinta-feira com poucas palavras. Alegando ainda não ter refletido sobre o assunto, Rodrigo Coelho afirmou à reportagem que não sabe se vai recorrer da decisão ou quais serão seus próximos passos políticos.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o prefeito Udo Döhler alegou que a expulsão do vice-prefeito do PDT é uma questão particular e não afeta as relações do Executivo com o partido, que é considerado um aliado majoritário de seu governo.