O ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e outras sete pessoas foram indiciadas por homicídio com dolo eventual – quando assume o risco de matar – e devem responder criminalmente pelas mortes dos 10 atletas no incêndio no Centro de Treinamento do clube, em fevereiro deste ano. As informações são do G1.

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A tragédia ocorreu em um alojamento improvisado com contêineres na Zona Oeste do Rio. Dois catarinenses estavam entre os atletas que morreram no incêndio: Vitor Isaías, natural de Florianópolis, e Bernardo Pisetta, de Indaial, no Vale do Itajaí.

O inquérito da Polícia Civil do Rio de Janeiro também pede o indiciamento pelo mesmo crime de engenheiros do Flamengo e da empresa NHJ, responsável pelos contêineres, além de um técnico de refrigeração.

No inquérito, a polícia relatou que os oito indiciados tinham o conhecimento que diversos atletas da base residiam no contêiner e que a estrutura era incompatível com a sua destinação: um dormitório. Narrou, também, que os contêineres estavam com diversas irregularidades estruturais e elétricas, além de não existir reparo nos aparelhos de ar-condicionado e monitor dentro do local.

Ainda informou que o clube se recusou a assinar o Termo de Aditamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público para que a situação dos atletas de base fosse regularizada, descumpriu ordem de interdição do Centro de Treinamento e acrescentou que não havia alvará de funcionamento e o certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros.

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Em nota, o Flamengo informou que não comentaria o caso porque ainda não ainda não havia sido notificado. Da mesma forma, o ex-presidente do Flamengo também disse que não falaria por ainda não ter sido notificado.

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