Depois de uma saída precoce do comando do Marcílio Dias, o técnico Paulo Turra resolveu abrir o jogo. De Caxias do Sul, onde mora, ele conversou por telefone com a reportagem de O Sol Diário sobre os motivos que o levaram a deixar o Marinheiro. Ele disse que pediu para sair em consideração à LA Sports e que não houve “comum acordo”. Turra afirma que foi convidado pela diretoria a continuar, mesmo sem a parceria, mas que preferiu sair.
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Por várias vezes, ele fez questão de desafiar a diretoria que desmentisse a versão dele, desabafo feito, inclusive, na página pessoal dele no Facebook. Também ressaltou que os resultados obtidos estavam dentro do planejamento. Confira os principais trechos da conversa.
Como foi a negociação que terminou com sua saída?
Paulo Turra – Sei que divulgaram, inclusive no site oficial, que houve comum acordo. Não teve nada disso, tanto que umas duas horas depois até tiraram do site. Eu fui procurado pelo presidente (Marlon Bendini) e ele me pediu se eu queria continuar no clube, mesmo com a saída da parceria. Respondi que não, por respeito à LA Sports. E também porque com o encerramento das parceria muitos jogadores também sairiam e aí ficaria mais difícil de trabalhar. O contato foi feito na presença do Cláudio Matsunaga (responsável pelo futebol durante a vigência da parceria). Por isso, a decisão de sair do clube foi minha e desafio a diretoria a falar que não foi desse jeito.
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A diretoria chegou a comentar sobre o baixo aproveitamento do time nas duas competições. Vocês estipularam alguma meta quando assumiram o time?
Não. O que foi conversado, inclusive por parte dos dirigentes da LA, é de que teríamos algumas dificuldades no início, especialmente no ataque. Trouxemos 20 jogadores do Operário/PR, mas os atacantes, em sua maioria, foram todos negociados. Então sabíamos que seria difícil. Mas a medida que as coisas foram se ajeitando, os resultados mudaram. Trouxemos o Rodrigo Jesus e ele foi muito bem, assim como o Juliano. Todos os jogadores que foram poupados em determinadas partidas e os que não jogaram estavam em situações que já havíamos planejado.
Os reforços que chegaram tiveram aval da diretoria do Marcílio Dias?
Sim, todos eles. Eu, como treinador, indicava, mas sempre comunicava à LA e o presidente (Marlon Bendini). Nenhum jogador que chegou foi empurrado para o clube. Assim como as dispensas, todas tiveram aval da diretoria.
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A troca de goleiro, do Eduardo pelo Sílvio, foi criticada por alguns torcedores. Você se arrepende da escolha?
De forma alguma. O Sílvio é um jogador que eu conheço e tenho confiança nele. O Eduardo jogou quatro jogos e de quatro bolas que foram no gol, tomou dois gols. No jogo contra o Juventude, aconteceu uma infelicidade em que ele (Sílvio) falhou no segundo gol.
Você acredita que teria condições de subir nas duas competições?
Na Série D, nosso time estava bastante dificuldade e jogamos basicamente com um time sub-23. Dominamos o jogo e tomamos um gol no único chute que o Santo André deu. Contra o Juventude, dominamos o primeiro tempo e sofremos a virada nos acréscimos. E no Estadual eu sempre disse que subiríamos com uma mão amarrada nas costas. Tanto que entregamos o time com a melhor defesa, o melhor ataque e a segunda melhor campanha.
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E sobre o futuro? Para onde vai o Paulo Turra agora?
Vou esperar. Não tenho um contrato firmado com a LA Sports, mas já estamos negociando para isso. Estou tranquilo e esperando a melhor hora para assumir um clube, quem sabe voltar para o Operário/PR no ano que vem. Só tenho a agradecer, também, à acolhida que tive em Itajaí, especialmente dos torcedores e da imprensa.