O ministro da Economia, Paulo Guedes, vai discutir na tarde desta terça-feira (26) a proposta de emenda à Constituição da reforma da Previdência (PEC 6/19) com os parlamentares que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara — primeira fase de tramitação do texto. A expectativa é de que o ministro esclareça os principais pontos da proposta.

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Na segunda-feira (25), o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), afirmou à Rádio Gaúcha que existe uma indisposição hoje para votar a reforma e que não há unanimidade entre os votos mesmo entre os integrantes do partido do presidente Jair Bolsonaro .

— Eu vi um cálculo do Guedes de que faltavam 50 e poucos votos, eu não sei de onde ele está vendo isso — contestou Waldir ao Gaúcha Atualidade.

Os parlamentares querem que o ministro esclareça pontos da medida, a reforma previdenciária dos militares, a reestruturação da carreira das Forças Armadas e a necessidade de mudança do sistema de Previdência Social do país.

Articulação

A semana passada foi marcada pelo impasse nas articulações políticas entre Poder Executivo e Câmara dos Deputados. Desta forma, o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), decidiu adiar a indicação do relator até que o cenário político esteja mais favorável para a aprovação da reforma no âmbito da comissão. A previsão é de que o nome seja indicado até quinta-feira (28).

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Além de Guedes, parlamentares devem ouvir seis constitucionalistas na CCJ da Câmara para tratar da reforma, na quinta-feira (28). Dois nomes serão indicados pelas lideranças da base do governo, outros dois nomes por lideranças da oposição, e os últimos dois por deputados ditos independentes.

Entre os convidados estão o secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal, a procuradora Elida Graziane Pinto, do Ministério Público de Contas de São Paulo, e o advogado Cezar Britto, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Apoio

Guedes reafirmou na segunda-feira (26) a confiança no presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na condução das discussões entre os deputados.

— Desde o início, ele apoia a reforma da Previdência. Quando ele foi eleito pela primeira vez (presidente da Câmara), em 2016, falou da importância da aprovação da reforma no primeiro discurso. Ele é a favor — ressaltou.

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Guedes destacou que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também tem se manifestado a favor da reforma.

Para o ministro, o Congresso pode rever determinados pontos da proposta enviada pelo governo, mas pediu que a economia em 10 anos não fique inferior a R$ 1 trilhão. Caso contrário, não será possível implementar o regime de capitalização para os trabalhadores jovens.