Líder. Veterano. Exemplo. Ídolo. E, é claro, um jogador habilidoso. Aos 39 anos, Paulo Baier mostra que a idade trouxe a experiência que o faz superar muitos garotos de 20 anos e o torna o trunfo do Criciúma.
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– Trabalho para isso. Trabalho muito! – diz rindo, satisfeito.
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Na quarta-feira, a noite foi dele: cavou pênalti e fez dois gols na vitória por 3 a 2 sobre o Fluminense, para a alegria de mais de nove mil torcedores presentes no Heriberto Hülse.
Motivado pelo bom retorno do Tigre no Brasileirão, ele descartou a aposentadoria no final do ano – ainda no Atlético-PR, em 2013, ele havia projetado parar no final da temporada de 2014.
Leia a entrevista exclusiva do craque do Tigre ao DC, em que ele fala jogar em 2015 e sobre a retomada da equipe na Série A.
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Diário Catarinense – O que significa para você, como líder da equipe, essa retomada do Brasileiro com vitória e casa cheia?
Paulo Baier – É muito importante. Até antes de entrar em campo eu disse que o time é envolvido pela cidade de Criciúma. E nós precisamos dar uma alegria para o nosso torcedor sair de casa com a camisa da equipe, vesti-la no trabalho. Acho que era um motivo de orgulho para dar uma vitória para o nosso torcedor. Acho que, ao vencer o Fluminense, que era até então o vice-líder do Brasileiro, conseguimos fazer uma homenagem bacana para eles.
DC – Como você avalia o pouco tempo de recuperação entre o jogo contra o Fluminense, na última quarta-feira, e o com o Atlético-PR, no domingo? É complicado repetir a grande atuação com um intervalo tão pequeno entre dois jogos?
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Paulo Baier – A gente procura fazer sempre uma partida melhor que a outra. Às vezes a circunstância do adversário é totalmente diferente. A gente procura sempre mudar, trabalhar, fazer uma proposta de jogo. E cada partida é diferente da outra. O objetivo maior é sempre buscar a vitória. Independente se você joga com uma estratégia ou outra, o objetivo é sempre vencer.
DC – Um dos problemas do Criciúma no início do ano foi o entrosamento entre os atletas do elenco. Como está essa questão agora?
Paulo Baier – A gente criou uma identidade, uma estratégia. Acho que manter uma base é importante, o (técnico) Wagner Lopes está conseguindo fazer isso. Acho que nossa equipe está bem atualmente. Lógico que leva tempo, não é de um dia para o outro. Muitos jogadores chegaram ao clube, então acho que agora nós temos uma base, estamos nos entrosando. A tendência é melhorar cada vez mais.
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DC – Como foi o lance do pênalti, que gerou muitas dúvidas e comentários?
Paulo Baier – Muita gente acha que não foi pênalti, mas se você pegar o adversário, ele toca na trava da minha chuteira. Ele realmente toca em mim. Tanto que o zagueiro nem reclama, ninguém reclama. Eles veem que foi pênalti. Tem as imagens, que mostram, mas realmente eu sofri pênalti. O importante é que a gente converteu e deu uma tranquilidade para o segundo tempo.
DC – Aos 39 anos, você pensa em se aposentar no final desse ano?
Paulo Baier – Por enquanto ainda não penso em parar. Tenho projeção, mas minha intenção é jogar esse ano e o próximo.