O público de Florianópolis tem um encontro marcado neste sábado (6) com o cantor e compositor Paulinho da Viola, que sobe ao palco do Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina a partir das 21h. A turnê chega a Santa Catarina depois de percorrer quase todo o Brasil, incluindo as capitais e grandes cidades do país.
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O artista celebra os 80 anos de idade, mas no fundo o show é uma grande festa da música brasileira, especialmente do samba. Pelos olhos, ouvidos e acordes de Paulinho, passou certamente o que de mais expressivo o Brasil produziu nessas oito décadas. Ingressos para o show podem ser adquiridos com desconto pelo Clube NSC.
O espetáculo revisita o início do compositor e cantor, desde os tempos do histórico Show “Rosa de Ouro”, onde o jovem músico colocava pela primeira vez os pés num palco ao lado de figuras como Clementina de Jesus, Aracy Cortes e Zé Keti, passando pelo saudoso tempo dos festivais onde “Sinal Fechado” dá o primeiro lugar a um jovem Paulinho que, de lá para cá, firmou-se como uma voz única e pujante da MPB e do Samba.
Neste show, além dos sucessos marcantes de sua trajetória, Paulinho abre espaço para cantar algumas canções que, embora nunca tenha gravado, fazem parte de sua memória emotiva, e certamente há surpresas guardadas para o público, como novas interpretações de músicas já conhecidas, além de pelo menos uma composição inédita, logo na abertura do espetáculo.
O espetáculo é uma festa de Paulinho da Viola, com Paulinho, para Paulinho, e mais do que tudo, para nossa música que, com ele e através dele, segue cheia de vigor e possibilidades.
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Confira a entrevista com Paulinho da Viola na íntegra
Recentemente o senhor passou por um problema de saúde, deixando seus fãs bastante preocupados. O senhor está bem e recuperado para seguir com sua turnê celebrando 80 anos de vida?
Estou bem, plenamente recuperado e feliz em poder voltar aos shows e a fazer as coisas que eu gosto. Foi um período que exigiu repouso e recuperação, mas já estou muito bem.
Qual a expetativa para o show no dia 07 de outubro e Florianópolis e o que o público catarinense vai ver e ouvir?
A melhor possível. Estive algumas vezes recentemente em Florianópolis, a última há 4 anos, e sempre fui recebido calorosamente pelo público.
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O senhor tem alguma relação especial com Santa Catarina. Poderia nos contar?
Fui algumas vezes me apresentar e aproveitei para apreciar as belezas naturais de Florianópolis. Já tive a oportunidade de visitar um amigo que tem uma casa numa praia e foi uma ótima experiência.
Como foi composta a playlist do show? Como foram feitas as escolhas?
Eu costumo elaborar os roteiros dos shows. Para esta turnê, tive a ajuda do Claudio Botelho que fez a direção do espetáculo. Eu quis fazer um repertório que representasse diferentes momentos da minha carreira. Quem for ao show, assistirá aos principais sucessos da minha carreira.
Quem foram seus principais incentivadores e parceiros ao longa da carreira e como o senhor entrou na música?
Muitas pessoas foram importantes na minha carreira. A música sempre esteve presente através do meu pai, Cesar Faria. Mais tarde, Cartola, Hermínio Belo de Carvalho, Clementina de Jesus, Elton Medeiros e Zé Kéti foram pessoas que me ajudaram a mostrar e desenvolver o meu trabalho.
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Milton nascimento acabou de encerrar sua participação nos palcos, o senhor pretende continuar?
Enquanto eu estiver bem e for prazeroso me apresentar, continuarei. Tudo tem seu tempo, quando for o momento de parar, terei que fazê-lo também.
O senhor teve presença muito marcante em festivais musicais, que relevaram muitos talentos da MPB . Sente falta desse tipo de evento? E qual o futuro do samba no Brasil?
Tenho a satisfação de ter vivido essa época, mas não sito falta. Cada tempo tem a sua forma de aproximar público e artista. Hoje vivemos uma época muito diferente da minha, com forte influência da tecnologia. A única observação que faço para o futuro da música no Brasil é que é preciso ser viável trabalhar com música para que as pessoas continuem se dedicando, produzindo, gravando. Não é possível descobrir novos talentos se não é viável para eles fazer música, produzir discos e shows. —
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