Para conseguir usar expressões de cada cidade onde se apresenta, Paul McCartney costuma pedir a ajuda de algum integrante da equipe local de produção. Ano passado, no Rio de Janeiro, a tarefa ficou com a coordenadora artística Marta Santos, que também participa da organização desta turnê, intitulada On The Run. Agora, ela não tem como ensiná-lo, pois é carioca e o beatle só vai fazer shows no Recife e em Florianópolis. Mas conta como foi a experiência.

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Porque você foi escolhida?

Marta Santos – Só sei que ele pediu alguém para ensiná-lo o sotaque do Rio e fui levada até ele. O Paul também queria expressões com as quais o público se identificasse.

E o que ensinou a ele?

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Marta – Lembro que ensinei “demais”, com o “x” bem puxado e “galera”, transformando o “l” em “lh”. Não lembro mais o que. Só sei que ele usou tudo o que ensinei.

Ele aprendeu rápido?

Marta – Muito rápido. Ouvido apurado de músico, né!? Ele anotou tudo, mas não como se escreve, e sim como soa. E repetiu muitas vezes, sempre falando “Não tá certo, né!? Como é mesmo?”.

Qual foi a tua impressão do Paul?

Marta – Nossa, a melhor. Que pessoa especial, educada, atenciosa. Ele faz questão de falar com todo mundo, não só nos bastidores. Nossa, lembro que quase morri para achar um carro blindado com uma janela que abrisse porque ele queria poder acenar para as pessoas.

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