Fundador do primeiro jornal a rodar na então província de Santa Catarina, o lagunense Jerônimo Coelho (1806-1860) receberá destaque da Associação Catarinense de Imprensa (ACI) dentro da programação dos 184 anos do surgimento da imprensa no Estado. As homenagens ao fundador do jornal O Catharinense e patrono do jornalismo de SC ocorrem nesta segunda, em Laguna, e na terça-feira, em Florianópolis.
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O Catharinense foi criado em 1831, na capital Desterro (hoje Florianópolis), quando Jerônimo Coelho tinha apenas 25 anos. O semanário durou cerca de um mês, mas é considerado o pontapé inicial para o jornalismo no Estado. Hoje, restam alguns poucos exemplares jornal, que estão na Fundação Biblioteca Nacional (no RJ) e na Biblioteca Pública de SC. Já o maquinário usado para imprimi-los está no Museu Anita Garibaldi, em Laguna.
Além de jornalista, Jerônimo Coelho se destacou como militar e político. Antes de retornar a SC, foi presidente das províncias de Grão-Pará e Rio Grande do Sul. Exerceu, ao mesmo tempo, os cargos de ministro da Marinha e da Guerra de D. Pedro II.
Em Santa Catarina, além de idealizar O Catharinense, criou um segundo jornal (O expositor) e fundou a primeira loja maçônica do Estado. Por isso mesmo, além de ser um nome histórico da imprensa, é também patrono da maçonaria catarinense.
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– Foi o mais importante catarinense no Império. Um homem que se destacou em diversas áreas e tinha uma noção de progresso admirável – destaca Ademir Arnon, presidente da ACI.
O evento em Laguna, no Sul do Estado, começa às 10h desta segunda-feira. Será na praça que leva o nome do ilustre lagunense, no centro histórico. Também estão previstas visita ao Cine Mussi e uma palestra do vice-governador Eduardo Moreira, que é natural do município.
Já em Florianópolis a homenagem será na terça-feira, também às 10h. A comemoração do Dia da Imprensa Catarinense e ao aniversário do Catharinense será na Praça XV, junto ao busto de Jerônimo Coelho.
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O evento será comandado pelo colunista do Diário Catarinense, Rafael Martini, e é organizado pela ACI, maçonaria de SC, 14ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, Instituto Histórico e Geográfico de SC (IHGSC) e pela Academia Catarinense de Letras.