Os tempos mudaram e as mulheres conquistam cada vez mais seu espaço na sociedade. Mas se engana quem pensa que as coisas ficaram mais fáceis. A luta das mulheres pela igualdade é diária, dando conta da jornada dupla, driblando o machismo e enfrentando o preconceito. Neste Dia Internacional da Mulher, a Hora conta a história de duas mulheres que representam a luta de todas elas.
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Moradora de uma ocupação em São José, Patrícia Oliveira, 33 anos, trabalha como cozinheira numa creche na parte da manhã, e no resto do dia é coordenadora comunitária e mãe de cinco filhos. Foi pela necessidade, e por perceber que os problemas que enfrentava eram os mesmos das outras mães, que Patrícia decidiu que, com a união, as mulheres poderiam lutar por condições melhores para a comunidade onde vivem.
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Mesmo com a jornada cansativa, a cozinheira tem sempre forças para lutar. Como coordenadora de núcleo, se reúne com outras mulheres para ver as demandas das famílias, principalmente de saúde e educação. Uma das conquistas que Patrícia mais tem orgulho é ter conseguido atendimento para as crianças da comunidade no posto de saúde do bairro:
– Organizamos uma manifestação na Secretaria de Saúde de São José, pois nossas crianças tinham direito ao atendimento, um direto de todos independente do lugar onde vivem – contou a lutadora.
Para Patrícia, o Dia da Mulher simboliza a luta contra a exploração e a discriminação, que às vezes começa dentro de casa.
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– Muitos homens acham que não precisam ajudar em nada. Vejo muita desigualdade. Também não me conformo diante da violência, mas é um assunto muito delicado – disse.