A velejadora Patrícia Freitas que, neste domingo, encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos de Londres ao não conseguir a vaga na regata da medalha da classe RS:X feminina, reclamou do equipamento fornecido para a competição. A brasileira, que ficou em 13º (somente as dez melhores seguem na disputa), disse que o material é sorteado pela Federação Internacional de Vela (Isaf) antes da competição.

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– Fiquei muito chateada por não estar entre as dez. Mas não dei sorte com o equipamento. A prancha é cedida pela organização e o iatismo tem histórico de não ter controle de qualidade muito bom. Não dei sorte com o meu. Consegui trocar algumas partes, mas a prancha estava ruim. Hoje deu vento mais fraco e até consegui fechar com chave de ouro relativamente, ficando em segundo e oitavo. Pelo menos deu para sorrir dentro da água – afirmou Patrícia.

De acordo com a brasileira, ao longo do ciclo olímpico, um velejador chega a compra 50 quilhas para ter uma boa. E chega na Olimpíada e tem de usar outra.

– A Isaf diz que fez testes na fábrica para ter equipamento bom, mas o problema não aconteceu só comigo. A italiana (Francesca Clapcich) tem quatro medalhas olímpicas e não ficou entre as dez (ficou em 19º). Isso também aconteceu com o Bimba (Ricardo Winiciki, da RS:X masculina), mas ele conseguiu trocar o equipamento – prosseguiu Patrícia.

Como a RS:X será substituída pelo kitesurfe nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, a brasileira já pensa em trocar de classe. Ela, no entanto, torce para que a mudança seja revertida.

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– Estou com os dedos cruzados para que volte. As regatas da Olimpíada serão na Baía da Guanabara e ninguém veleja de kite lá. É só passar no fim de semana que você vai constatar isso. Vou até tentar o kite, é começar do zero, mas prefiro que a prancha fique – finalizou.