A agricultora Laurita Schwarz, 68 anos, levou um grande susto na tarde desta segunda-feira. Ela trabalhava na roça quando, por volta do meio-dia, foi avisada pela filha que um enxame de abelhas havia atacado os animais do sítio, que fica na localidade de Serra Negra, no bairro Rio da Luz.
Continua depois da publicidade
O pato que vive com a família há cerca de seis anos foi o que mais ficou ferido. Ele foi atacado por pelo menos 30 abelhas africanas e levou dezenas de picadas na região do rosto e do pescoço. O enxame estava em uma palmeira, a cerca de quatro metros de altura.
A filha de Laurita, Elenice Bachmann, 44 anos, conta que estava em casa quando ela e o filho de 12 anos ouviram os latidos do cachorro, que estava amarrado dentro de um rancho.
– Quando olhei, ele já tinha se soltado e fugido e as abelhas estavam atacando o pato. Fui até a outra árvore e soltei o outro cachorro, com medo que as abelhas picassem ele também – relembra.
Continua depois da publicidade
Vestindo roupas especiais, os bombeiros retiraram com as próprias mãos as abelhas que estavam sobre o pato.
– Ele ia de um lado para outro tentando se livrar delas. Até tentava voar, mas não conseguia. Acho que ele está sentindo muita dor – lamenta Laurita.
Para evitar outros acidentes, os bombeiros prometeram voltar ao local à noite para retirar as abelhas, caso elas voltassem. Como elas não haviam construído um ninho na árvore, é possível que elas tenham ido para outro local após o ataque.
Continua depois da publicidade
– Dependendo da quantidade de picadas, o veneno das abelhas pode matar uma pessoa ou animal por parada cardiorrespiratória – comenta o biólogo da Prefeitura, Ulises Sebastian Sternheim.
Sternheim acredita que as abelhas tenham atacado depois de se assustarem com um barulho forte ou alguma ameaça ao enxame – como um pássaro que tenha se chocado contra a árvore. Segundo ele, nesta época do ano ocorrem as revoadas, quando as abelhas abandonam o ninho e formam um novo, em outro local.