Foi preso preventivamente o pastor suspeito de mandar matar a própria esposa para ficar com a amante em Itajaí, no Litoral Norte do Estado. Ele já estava detido na Canhanduba, porém a prisão temporária foi convertida para preventiva. A decisão é da 2ª Vara Criminal.

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Além do homem, tratado pela polícia como o mandante do assassinato, a própria amante e genro — que foram encontrados no Nordeste — também ficarão presos. 

Os dois são considerados os responsáveis por matar e tentar ocultar o corpo de Mariane Kelly, que foi encontrado por pescadores no Rio Itajaí-Açu na manhã seguinte ao desaparecimento.

No início desta semana, o pastor já havia sido denunciado por feminicídio, ocultação de cadáver, homicídio qualificado, fraude e corrupção de menor. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) fez a denúncia e pediu a prisão preventiva do homem de outras duas pessoas na terça-feira (4) — pedido aceito pela Justiça.

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O crime

O delegado da DIC de Itajaí, Sérgio Sousa, explica que na noite do assassinato, dia 8 de abril, a vítima contou a uma colega de trabalho que o marido iria buscá-la, por volta das 19h, momento em que Mariane sairia do trabalho. 

No entanto, uma mensagem enviada por ele momentos antes de ela desaparecer perguntava se Mariane iria para casa de Uber, de acordo com os investigadores.

Segundo a polícia, teria sido o genro o responsável por golpear Mariane no momento em que ela entra no carro. Ele, também, teria a esfaqueado até a morte. Conforme o delegado, foram 27 golpes de faca na região do rosto e do pescoço.

> Confira todos os detalhes do crime apurados na investigação feita pela Polícia Civil

Relembre o caso

O corpo de Mariane foi encontrado no dia 9 de abril no Rio Itajaí-Açu, em Navegantes.

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A mulher trabalhava em uma cafeteria de Itajaí e saiu do serviço na quinta-feira (8), no começo da noite. Como não chegou em casa, o marido, que é pastor de uma igreja evangélica, pediu ajuda nas redes sociais para encontrá-la, dizendo que a esposa teria desaparecido depois de entrar em um carro de aplicativo. 

Uma corrente do bem se formou na internet em busca de Mariane e um boletim de ocorrência foi feito.

A angústia durou pouco menos de 24 horas, mas foi substituída pela perplexidade. No início da tarde do dia seguinte, um pescador encontrou o corpo de Mariane boiando no rio, próximo à Rua Manoel Evaldo Muller, em Navegantes. A Polícia Militar e o Instituto Geral de Perícias foram acionados.