Uma pastelaria foi fechada no Rio de Janeiro depois que uma denúncia anônima de trabalho escravo foi feita contra o dono do estabelecimento. Segundo o jornal O Globo, o chinês Van Ruilonc, de 32 anos, dono do estabelecimento mantinha seu funcionário em cárcere privado.
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Ele trouxe a vítima com a promessa de pagar R$ 2 mil para trabalhar na lanchonete, mas, chegando no local, disse que ele teria de trabalhar durante três anos de graça para pagar os custos da viagem. Além disto, o funcionário era agredido e vivia, literalmente, em uma cela.
Mas esta não é a única acusação contra o chinês. Chegando no local, o Ministério Público constatou que Van Ruilonc usava carne de cachorro para rechear os salgadinhos e pastéis. Foram encontrados muitos animais mortos e congelados, que seriam usados para fins alimentícios.
– Já vi muita coisa ruim, principalmente em trabalhos que realizei em fazendas do Mato Grosso. Mas o que encontrei naquela pastelaria foi o pior de tudo. Para começar, havia uma cela, como se fosse uma cadeia, onde o trabalhador ficava encarcerado. Além disso, ele convivia com o cheiro dos cachorros mortos, que ficavam ao lado dele. Não aguentei e, quando senti o cheiro, comecei a passar mal e pedi para sair. Ao abrirmos as caixas de isopor, vimos os cachorros congelados e ficamos perplexos – disse a procuradora Guadalupe Louro Couto.
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Em sua defesa, o chinês disse que não sabia que abater cachorros era crime no Brasil. Mas, em seguida confessou que sabia que a prática era ilegal.