O craque do JEC/Krona em 2017 teve um ano duríssimo em 2018. No começo de fevereiro, Jackson Samurai rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo, o menisco e a cartilagem do local num amistoso pela Seleção Brasileira. Depois disso, as dores no quadril o obrigaram a fazer duas cirurgias. Diante de tantos problemas, o ala reconheceu, em entrevista exclusiva para "A Notícia", que avaliou encerrar a carreira neste ano.
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— Passou pela minha cabeça parar de jogar. Até comentei com minha esposa, antes do amistoso da Seleção, que se as dores no quadril continuassem, eu achava melhor parar. Depois, ainda sofri a lesão no joelho. E eu sempre tive muito medo de cirurgias, inclusive tive de procurar um psicólogo para limpar a cabeça. Pensei várias vezes nisso por tudo o que aconteceu — revelou.
Jackson tinha previsão de retorno às quadras em setembro. No entanto, em razão do problema no quadril, teve de procurar a direção do JEC/Krona para informar que seria necessário tratar o problema, que se agravou após a cirurgia no joelho.
— Eram dores que me acompanhavam e eu fui adiando demais o tratamento. Após a cirurgia, chegou ao limite, cheguei a chorar em alguns treinos de tantas dores. Felizmente, a diretoria do JEC/Krona foi muito humana para entender minha situação e me permitir realizar este tratamento em Passo Fundo (RS) — contou.
A ida ao Rio Grande do Sul foi a maneira de Jackson se livrar da tristeza que o acompanhava em Joinville durante o tratamento. O jogador disse que a proximidade da família foi fundamental naquele momento.
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— Não estava aguentando o tranco em Joinville. Ficar sozinho aqui, ir para o treino e não poder encostar na bola, tudo isso mexeu demais comigo.
Sobre a renovação de contrato até o fim de 2019, Samurai rasgou elogios à direção do JEC/Krona e afirmou que jogaria até de graça por tudo o que o clube fez por ele.
— É difícil você encontrar pessoas como o Valdicir (Kortmann), o Vitor (Kortmann) no meio do esporte. Quando eu me lesionei, o Valdicir estava no jogo, foi ao vestiário, me acompanhou no hospital e no aeroporto, coisas que o presidente da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) não fez. Foram muito humanos e eu devo muito ao JEC por tudo isso. Cheguei até falar para eles que se não renovassem comigo, eu jogaria de graça pelo time.
Jackson planeja estar com o grupo de jogadores do JEC/Krona no dia 21 de janeiro, data de reapresentação da equipe. A ideia dele é fazer os mesmos trabalhos, com algumas restrições. No momento, tem feito exercícios funcionais, academia e bicicleta. Até o fim do mês, quer correr.
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Se tudo der certo, sonha em jogar a Supercopa Futsal em Joinville — caso o JEC/Krona seja confirmado como participante e cidade-sede. Na previsão mais realista, acredita que estará pronto para atuar pelo Tricolor a partir de maio, quando estará completamente recuperado e mais forte, algo que ele sente como a sua principal dificuldade no momento.