Com a incerteza sobre o futuro da Associação dos Deficientes Físicos de Joinville (Adej), cerca de 30 frequentadores da entidade realizaram um protesto na tarde desta quarta-feira em frente à Prefeitura.

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Com faixas, eles pediram mais transparência na prestação de contas por parte da diretoria e um apoio do poder público para resolver o problema do atraso nos salários dos funcionários, que estão sem receber desde dezembro.

Há 15 dias, parte dos cerca de 20 funcionários resolveram parar o trabalho por causa da falta de pagamento. A greve atingiu diretamente os aproximadamente dois mil cadastrados na entidade, que realiza 800 atendimentos mensais, em média.

Atualmente, a associação sobrevive com o dinheiro da administração dos estacionamentos da Arena Joinville, da Prefeitura e do Hospital Dona Helena, que são de um convênio com a Secretaria de Bem-estar Social.

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_ A Adej é uma entidade filantrópica, mas estamos pedindo que o poder público se sensibilize e nos ajude. O pessoal fica incerto porque não sabe se a associação vai estar aberta amanhã _ explica Nelson Farias, membro do conselho fiscal.

Quatro representantes foram recebidos pelo chefe de gabinete da Prefeitura, Afonso Fraiz, que prometeu realizar uma reunião na próxima semana com a associação e a Secretaria de Bem-estar Social. Após a conversa, os manifestantes foram até a Câmara, onde acompanharam a homenagem aos 30 anos da entidade e pediram a atenção dos vereadores.

Na Câmara, o presidente da Adej, Carlos Eduardo Faria, disse que a entidade está “jogada às traças”, sem ajuda do poder público e do empresariado local. Hoje, a arrecadação fica em torno de R$ 25 mil a R$ 30 mil por mês, número muito parecido com os gastos mensais com salários e manutenção. O problema ocorre por causa de dívidas antigas contraídas ao longo dos últimos 32 anos.

Faria se diz favorável às manifestações dos frequentadores e funcionários da Adej. No entanto, ressalta que a administração é transparente e todas as contas estão disponíveis para quem tiver interesse em vê-las.

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_ A única coisa que ainda não fizemos foi colar o balancete na parede, mas eles estão disponíveis no setor administrativo para quem quiser ver _ finaliza o presidente da Adej.