Uma manifestação convocada por pais de alunos de escolas privadas subsidiadas pelo governo chileno reuniu mais de 50 mil pessoas neste sábado em Santiago, segundo os organizadores, contra a reforma da educação promovida pela presidente Michelle Bachelet.
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A passeata percorreu por duas horas a Alameda, principal artéria da capital chilena, contra a reforma, uma das principais medidas que o governo Bachelet pretende implementar e que está em discussão no Congresso.
Famílias e donos de escolas particulares participaram da primeira grande manifestação contra a reforma da educação, que pretende dar gratuidade e qualidade ao ensino e acabar com o lucro e a seleção de alunos.
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Segundo os manifestantes, as medidas envolvendo o lucro e a seleção irão afetar parte das 5 mil escolas subsidiadas, que reúnem 52% dos estudantes chilenos e são financiadas por contribuições do Estado e o pagamento das famílias.
A presidente da Confederação de Pais e Representantes de Escolas Particulares Subsidiadas, Ericka Muñoz, explicou que, com a medida, quase 80% das escolas particulares subsidiadas do Chile ficam caracterizadas como “instituições com fins lucrativos”.
– Nós propomos algum tipo de medida contra os abusos que acontecem por causa do lucro no ensino, mas que não se condicione o subsídio aos nossos filhos por isso – disse a dirigente.
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A Câmara dos Deputados aprovou o projeto, que põe fim ao lucro, ao pagamento e à seleção no sistema escolar, e que terá que ser debatido no Senado.
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*AFP