Quem entrar desavisado no Instagram do nutricionista e técnico em cozinha André Luiz “Nutrichef”, de Florianópolis, pode estranhar. É só olhar as fotos postadas no perfil para ver delícias que aparentam ser cheias de açúcar e gordura, mas só parecem. Tem bolos, pães, chocotone e até massas à carbonara, na maioria das vezes sem glúten e lactose e com ingredientes orgânicos. Isso porque ele trabalha com a memória afetiva das pessoas, fazendo versões saudáveis para comidas que fazem parte da história das famílias.

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— Desde quando estudava nutrição, já fazia oficinas de culinária e pegava a memória de receitas das pessoas e fazia adaptações. Essa cuca que a gente vai comer agora (a repórter tomou café da manhã com André) é uma adaptação de uma tradicional, mas é sem glúten e com pouquíssimo açúcar. Pra mim não é nenhum trabalho comer dessa forma. Por isso acaba se tornando prazeroso ensinar os outros, porque eu acredito muito nisso — conta. Uma dica: a farofinha da cuca era feita com um pouquinho de manteiga, biomassa de banana verde, farinha de amêndoas, farinha de arroz, açúcar e especiarias.

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As fotos de comida só competem em número de likes com as selfies de André, geralmente na academia ou em algum lugar do Brasil onde ele aproveita para turistar entre um compromisso profissional e outro. O “nutrichef” viaja regularmente para dar cursos em diferentes regiões do país. Já participou de encontros de nutrição funcional no Maranhão, dá workshops de Porto Alegre a Fortaleza e recebe até alunos de outros países, tudo graças à repercussão de seu trabalho pelo Instagram. No dia da visita do DC, a nutricionista paraguaia Silvia Cabello fazia pela terceira vez um curso com ele. Ela tem um restaurante de comida saudável em Assunção e aproveita para aprender receitas novas para servir por lá. Eles se conheceram pela rede social, vale dizer.

Assista ao vídeo:

Além de aulas particulares e de atender como nutricionista, ele faz planejamentos de cardápios, faz workshops para grupos e desenvolve receitas para marcas. Prepara-se também para dar aulas em uma pós em nutrição esportiva, e ainda pretende lançar um livro de receitas práticas nos próximos meses.

— Sempre gostei de comer e de cozinhar, lá em casa todo mundo sempre está muito envolvido na comida. E comer é socialização, né. Na nutrição, vi a possibilidade de utilizar os alimentos como uma forma de educação. E eu já fui gordinho também, o que me despertou bastante pra isso. Não sou radical, mas tem umas coisas que eu não gosto de comer mais, como refinados e açúcar branco — explica.

Veja a rotina de André na linha do tempo: