Depois de várias altas consecutivas ao longo de 2022, o preço das passagens aéreas teve redução média de -12% em agosto, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), principalmente pela baixa no valor do querosene de aviação. Segundo Ricardo Gesse, CEO da Zurique Airport Brasil, que opera o Aeroporto de Florianópolis, as passagens devem ficar ainda mais baratas, já que o combustível representa mais de um terço do preço final.  

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Entre os itens que compõem o valor das passagens aéreas, o querosene de aviação (QAV) é o com maior peso (cerca de 35%). No auge da guerra entre Rússia e Ucrânia, esse valor chegou a representar 50% do preço final, já que o barril de petróleo disparou e atingiu 120 dólares.   

Outros itens são o leasing (aluguel de aeronaves), manutenção, equipe de operação, além dos sistemas para compra de passagens. 

De acordo com o CEO da Zurique Brasil, como o combustível dos aviões tem um peso grande no valor final, é certo que a redução de 10,4%, a partir de 1º de setembro, refletirá no preço aos consumidores.

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— Quando você fala de 10% de redução num insumo tão importante como o querosene, naturalmente as passagens aéreas baixam. E a gente já vem observando essa baixa — destaca.

No acumulado de 12 meses até junho deste ano, as passagens aéreas haviam registrado alta de 123,25% no Brasil, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Já em agosto de 2022, após meses consecutivos de alta, houve uma queda de -12,22%. 

Queda na ocupação de voos 

Outro fator que motiva as companhias aéreas a baixarem os preços das passagens,
segundo o CEO da Zurique Airport Brasil, é a queda na ocupação de voos. Por exemplo, todo voo que sai de Florianópolis tem média de 80 a 90% de ocupação, o que é considerado positivo. No entanto, em maio e junho esse índice reduziu para 70%. 

Embora os custos das companhias aéreas tenham aumentado, as empresas buscam diminuir os preços para conseguir voar com maior ocupação. É um movimento de oferta e demanda natural do mercado.  

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— Qualquer redução de custo, ajuda a companhia aérea a deixar o preço mais acessível. Para a empresa é importante ter um voo lotado, mas fica muito difícil segurar o preço, quando seu custo subiu de 25 a 30% […] Por isso impacta tanto você ter um preço de querosene de aviação menor — destaca Ricardo Gesse. 

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